A agenesia dentária se trata da ausência congênita de algum, ou mais de um dente permanente. É uma das anomalias mais frequentes na cavidade oral, possuindo maior prevalência no sexo feminino. Confira no nosso texto de hoje tudo sobre essa condição.
Tipos de agenesia dentária
A agenesia é caracterizada pela falta de pelo menos um dente, excluindo os terceiros molares.
São dois os tipos de agenesia, sendo eles:
- Oligodontia: se trata da falta de seis ou mais dentes, com exceção aos terceiros molares.
- Anodontia: corresponde a ausência completa de dentes permanentes.
A condição pode estar associada a outras síndromes e anomalias craniofaciais, sendo as mais comuns envolvidas a Síndrome de Down, displasia ectodérmica e fenda labiopalatina. Entretanto, a forma mais comum de agenesia não é sindrômica, afetando um número pequeno de dentes.
Na maior parte dos acometidos, cerca de 48% existe apenas um dente em falta. Em 35% dos casos a falta é de dois dentes, e em 17% dos afetados, a falta consiste em três ou mais dentes.
Diagnóstico da agenesia dentária
Um dos indícios de que o paciente apresenta o problema, é a permanência prolongada dos dentes decíduos, indicando que o dente permanente que ocuparia seu lugar, não existe ou se encontra mal posicionado. Dessa maneira, para se confirmar a suspeita, deve-se solicitar um exame radiográfico.
Se agenesia for dos molares definitivos, esses não possuem manifestações na dentição de leite, já que erupcionam atrás da dentição decídua.
Dessa forma, os primeiros sinais de agenesia ocorrem por volta dos 6 anos, quando os dentes definitivos começam a erupcionar. Entretanto, o problema só pode ser confirmado através da radiografia, sendo a manutenção de consultas regulares a maneira precoce de diagnóstico do problema, possibilitando um maior número de tratamentos possíveis.
Sintomas
A mordida profunda tende a ser um dos sintomas de quem apresenta agenesia. Além disso, o dente que deveria ter contato com o em falta, tende a apresentar-se em sobre-erupção, pois não se tinha o dente de contato para intercepta-lo.
Alguns dentes são mais afetados pela anomalia, entretanto ainda não se sabe as causas. Sendo assim, os dentes mais afetados pelo problema são os segundo pré-molares inferiores, incisivos laterais superiores, segundo pré-molares superiores e incisivos centrais inferiores.
Causas da agenesia dentária
A ausência permanente de um dente pode ocorrer devido à falha na formação inicial do germen dentário. Sendo assim, as causas para esse problema são multifatoriais, envolvendo causas genéticas e ambientais.
São considerados fatores ambientais envolvidos, tudo que afeta o ambiente de formação do dente, como traumas, infecção, ação de toxinas e tratamentos como radioterapia e quimioterapia na infância.
Condições intrauterinas também podem estar envolvidas na etiologia do problema, sendo o alcoolismo, ou infecção por rubéola alguma das causas.
Complicações e consequências da agenesia dentária.
Por se tratar de uma anomalia a nível dos dentes, ela traz consequências a nível estético e motor.
O problema está relacionado com uma oclusão imperfeita, sendo associado também a atraso no desenvolvimento, erupção ectópica, redução na dimensão e morfologia dos dentes, taurodontia, hipoplasia de esmalte e raízes curtas.
Dessa maneira, a agenesia dentária pode ter um impacto negativo na vida dos acometidos. Sendo assim, as queixas mais comuns são sobre a existência de espaços entre os dentes, inconformidade com a estética e a consciência da falta de dentes. Portanto, um diagnóstico tardio do problema pode ter um impacto significativo na qualidade vida dos doentes.
O problema também pode afetar a mastigação e levar o paciente a dificuldades na alimentação e desenvolvimento de problemas no estômago, caso o problema não seja tratado.
Tratamentos para agenesia dentária
Cada caso deve ser avaliado cuidadosamente pelo dentista, para verificar o melhor tratamento. Entretanto, os tratamentos mais comuns geralmente são os implantes de facetas dentárias ou implantes, ou o uso de aparelhos.
As facetas ou implantes irão suprimir as necessidades estéticas e motoras, reconstruindo os dentes. Já o uso de aparelhos irá diminuir o espaço entre os dentes. Dessa maneira, cada tratamento se dá para casos diferentes.
Para oferecer o melhor tratamento para o paciente, deve-se possuir a opinião de profissionais de duas áreas da odontologia. Dessa forma, se faz necessário a opinião de um ortodontista, para a organização dos espaços e o posicionamento correto dos dentes. Ainda, é necessário a opinião de um implantologista, que irá repor os dentes em falta.