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Josiane Codental

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Doenças odontológicas

Gengivoestomatite: tudo que você precisa saber

gengivoestomatite

O conhecimento a respeito da gengivoestomatite por parte do dentista é muito importante, pois esta doença tem alto potencial de contaminação, morbidade e caracteriza baixa imunidade no estado geral ou pacientes imunologicamente imaturos.

Portanto, neste texto vamos descrever tudo que você precisa saber a respeito da gengivoestomatite.

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O que é a gengivoestomatite?

A gengivoestomatite é uma doença infectocontagiosa, causada pelo vírus do herpes simplex tipo I ou tipo II, portanto também conhecida como gengivoestomatite herpética.  

Ocorre mais comumente a partir da infecção herpética primária sintomática, ou seja, em pacientes infantis que entram em contato com o vírus do herpes labial de seus familiares.

Meios de contágio

As infecções primárias ocorrem a partir do contato mucocutâneo direto com as secreções infectadas pelo vírus do herpes, como a saliva, beijo, gotículas transportadas pelo ar ou através do compartilhamento de talheres, copos e/ou instrumentos odontológicos.

Após o contágio, os vírus do herpes invadem o tecido nervoso, instalando-se nos gânglios nervosos mais próximos, onde permanecem ao longo da vida do indivíduo infectado.

Manifestação clínica

Apenas 20% dos pacientes manifestam sintomas. Dessa forma, quando ocorre manifestação clínica, após o contato muco cutâneo com o vírus do herpes, inicia o período de latência e então ocorre a manifestação dos sintomas.

Sintomas gerais da gengivoestomatite herpética

Os pacientes apresentam as manifestações iniciais como: febre, mal-estar, irritabilidade, cefaleia, falta de apetite, dor oral e linfadenopatia cervical (íngua).

Sintomas orais

Inicialmente surgem vesículas que após a sua ruptura formam úlceras cobertas por fibrina, com inflamação circunscrita que ocorrem em qualquer parte da mucosa oral.

Como diagnosticar a gengivoestomatite

Diagnóstico diferencial

Na gengivoestomatite as úlceras dolorosas afetam qualquer lugar da mucosa oral, incluindo a gengiva inserida e palato duro. Já as verdadeiras úlceras aftosas não afetam mucosa queratinizada.

Maior prevalência da gengivoestomatite

É observada em crianças com idade entre um a cinco anos, porém acomete também adolescentes e adultos jovens.

O contato com o vírus do herpes ocorre normalmente na infância. Sendo assim, a exposição precoce ao vírus justifica a maior ocorrência em crianças, estas por estarem desenvolvendo seu sistema imunológico, ficam mais expostas.

Período de latência

Segundo alguns autores, a gengivoestomatite herpética aguda, tem um período de incubação viral médio de aproximadamente sete dias, podendo variar de um a vinte e seis dias.

Qual o tratamento da gengivoestomatite?

O tratamento inicia com a limpeza e controle da placa bacteriana para reduzir a infecção oral. Com muito cuidado, pois o paciente apresenta muita dor nesta fase.

Posteriormente, para aliviar os sintomas faz-se a prescrição de anti-inflamatório e analgésico. Como antiviral é prescrito o aciclovir.

Reativação do vírus

Os vírus se reativam uma, ou inúmeras vezes durante a vida do paciente, originando lesões características ou como herpes labial. As causas das reativações são desencadeadas por:

  • Estresse
  • Exposição prolongada ao sol
  • Febre
  • Menstruação
  • Gravidez
  • Secundariamente: existência de doenças que afetam o sistema imunológico

Conclusão

A gengivoestomatite é uma doença infectocontagiosa, causada pelo vírus do herpes simplex tipo I ou tipo II, portanto também conhecida como gengivoestomatite herpética.  

As infecções primárias ocorrem a partir do contato muco cutâneo direto com as secreções infectadas pelo vírus do herpes. É observada em crianças com idade entre um a cinco anos, porém acomete também em adolescentes e adultos jovens.

Manifesta-se como úlceras na mucosa oral que iniciam normalmente após 7 dias do contato inicial e duram de 10 a 14 dias, porém apenas 20% dos pacientes manifestam sintomas. O tratamento envolve controle da dor e administração de antiviral.

Ao longo da vida do paciente pode ocorrer a reativação do vírus que fica incubado.

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