Quantos dentes temos na boca? Essa é uma questão que repercute entre os pacientes, devendo o dentista ser bem didático em sua explicação. Apesar de ser uma resposta simples para quem é da área odontológica, pode ser uma questão difícil de detalhar ao ser questionado.

Pesando nisso, preparamos um texto completo a respeito, abordando não só sobre a quantidade de dentes que temos na boca, como suas funções. Confira!

Quantos dentes uma pessoa deve ter?

Os dentes são partes essências para a saúde humana, auxiliando na fala, mastigação e deglutição. Sendo assim, é muito importante a manutenção de todos esses componentes durante a vida.

Um adulto geralmente possui 32 dentes, dentre eles quatro sisos. Conforme demonstrado em estudos, um conjunto completo de dentes adultos possui 16 dentes inferiores e 16 superiores. Portanto, cada fileira de dentes possui quatro incisivos, no meio da fileira, na frente da boca; dois dentes caninos, um de cada lado dos incisivos e dois pré-molares e três molares na parte posterior, sendo estes cinco de cada lado.

Entretanto, nem todos possuem os terceiros molares, mais conhecidos como siso. Dessa forma, caso o paciente possua os sisos eles tendem a nascer após os 18 anos.

É importante ressaltar que caso o siso não se desenvolva de maneira devida este pode infeccionar, sendo na maioria das vezes removido.

Ainda, a quantidade de dentes que temos na boca muda conforme a fase da vida sendo a dentição decídua durante a infância e a permanente durante a fase adulta.

Dentição infantil

As crianças costumam ter sua dentição iniciada por volta dos seis meses, sendo esses dentes denominados dentição decídua. Entretanto, é comum os pacientes denominarem esses dentes como dentes de leite ou dentição primária.

As crianças possuem ao todo 20 dentes decíduos, sendo estes 10 na parte superior e 10 na parte inferior. Sendo assim, esses dentes têm por função atuarem como marcadores de posição para os dentes permanentes.

O fato da dentição infantil ser trocada pela permanente faz com que muitos pacientes tratem os mesmo com desleixo. Portanto, é necessário sempre ressaltar a importância de cuidar da dentição decídua, garantindo a saúde dos dentes permanentes que virão e da saúde bucal em sua totalidade.

Dentição permanente

A dentição permanente começa a ser trocada por volta dos 6 anos sendo completada pela maioria das pessoas ao atingirem a adolescência. A dentição completa é composta por 32 dentes, dentre esses há 8 incisivos, 4 caninos, 8 pré-molares e 12 molares (incluindo 4 dentes do siso).

Os sisos apesar de compor a dentição completa são comumente extraídos, pois normalmente não há espaço suficiente para os mesmos ou ocorrem problemas de desenvolvimento relacionados.

Diferentes tipos de dentes e suas funções

Cada dente possui sua função determinada com o intuito de manter correta mastigação e saúde digestória. Dessa maneira, as funções dos dentes são:

• Incisivos: são compostos dos quatro dentes frontais afiados em forma de cinzel, presentes na arcada superior quanto na inferior, sendo os centrais maiores e os laterais menores. Entretanto, além da sua função de cortar os alimentos, estão diretamente relacionados a estética do paciente.
• Caninos: são os dentes com pontas agudas, denominados cúspides, tendo por função rasgar os alimentos. Ainda, são dentes responsáveis por uma guia de desoclusão sendo capaz de proteger a mordida durante alguns movimentos de lateralidade da mandíbula.
• Pré-molares: são dentes com pontas cúspides na superfície que servem para esmagar e moer alimentos.
• Molares: possuem como função triturar os alimentos possuindo várias cúspides na superfície de mordida.

É possível ter menos de 32 dentes na boca?

A resposta é bem simples e direta: sim! Isso se deve, pois, o número 32 inclui os 4 sisos, que geralmente são extraídos. Além disso, algumas pessoas não desenvolvem esses dentes devido à evolução humana e as consequências relacionadas a mudanças de hábitos.

Dessa maneira, considerando o não desenvolvimento ou a remoção dos sisos, podemos considerar um total de 28 dentes na boca. Entretanto, deve-se atentar a possíveis patologias relacionadas caso pacientes adultos possuam um número menor que 28 dentes na boca.

Fatores relacionados a redução de dentes na boca:

Alguns fatores podem estar relacionados ao não desenvolvimento de dentes. Dentre eles, uma condição denominada agenesia, quadro onde não ocorre a formação ou o desenvolvimento do germe dentário. Portanto, pacientes acometidos por essa condição, que está relacionada com alterações de ordem genética, não possuem todos os componentes dentários.

Outro fator que pode interferir no desenvolvimento dos dentes é a presença de algum trauma na infância, que pode prejudicar a formação do dente, mesmo que o germe já tenha sido formado.

Nos casos onde não ocorre a formação dentária a linha de tratamento mais comum a ser utilizada é o implante dentário. Entretanto, a conduta pode variar a depender do caso e individualidade de cada paciente.

A inclusão ou semi-inclusão de algum dente é outro fator que afeta seu desenvolvimento, sendo muito comum nos dentes sisos. Dessa maneira, deve-se tratar com atenção e especificidade pacientes que apresentam essa condição, uma vez que pode interferir na finalização do tratamento ortodôntico, provocar dores, inflamações, formação de cistos, reabsorção de dentes vizinhos e formação de tumores, sendo este último ocasionado raramente.

No caso de inclusão, os tratamentos serão a remoção ou o tracionamento do dente, onde este é recolocado no lugar, aliando cirurgia e tratamento ortodôntico.

É possível ter mais de 32 dentes na boca?

Não só é possível, como bastante comum. Em alguns casos, pacientes costumam apresentar mais de um siso em um dos lados da boca. Entretanto, podem surgir dentes extras em outras regiões da arcada, como os “mesiodens” que são dentes a mais entre os dentes da frente da arcada.

Geralmente, o tratamento nesses casos consiste na extração do dente extra, dependendo de como os dentes ao redor se adaptaram. Portanto, o tratamento pode variar em alguns casos, mas o mais comum é a extração por falta de espaço.

Concluindo, de maneira geral um adulto possui entre 28 e 32 dentes, devendo sempre orientá-los a importância de frequentar consultas odontológicas para garantir a saúde dos dentes desde a infância. Ainda, a frequência ao dentista garante a análise do posicionamento dos dentes, mastigação e outros aspectos da saúde oral.