A parestesia é a sensação de dormência e formigamento, que pode acometer diferentes partes do corpo, dentre elas mãos, pernas, pés, braços, boca e orelhas.
É uma sensação comum, que pode ter causas simples como dormir em cima do braço ou arrancar um siso. Dessa maneira, a parestesia é uma sensação que pode surgir devido à interferência na transmissão dos estímulos sensitivos. No entanto, é importante buscar atenção médica em casos de parestesia persistente ou grave.
Entretanto, a parestesia pode ser uma condição temporária ou crônica, devendo o profissional da saúde se atentar as possíveis queixas dos pacientes.
Quer saber mais sobre parestesia? Então acompanhe nosso artigo completo, com tudo que você precisa saber sobre esse assunto!
O que é parestesia?
A parestesia, em resumo, é um termo médico que caracteriza a distorção de percepção da sensibilidade, geralmente, reduzida e combinada com a sensação de dormência ou formigamento em qualquer parte do corpo.
Normalmente, a parestesia costuma ser temporária, desaparecendo de maneira espontânea, sem a necessidade de intervenção médica.
Todavia, existem alguns casos que os pacientes apresentam uma parestesia persistente ou aguda de piora progressiva, ou ainda, de envolvimento simultâneo de um lado inteiro do corpo, apresentando alterações de funções, sensibilidade, circulação, sendo necessário um acompanhamento multiprofissional do paciente, pois pode ser um sintoma de problemas de saúde mais sérios.
Dentre as regiões mais comuns que o problema se desenvolve está a boca, braços, mãos orelhas, pernas e pés.
Parestesia causas
Dentre todos as causas dessa condição, a principal é um dano, seja ele temporário ou permanente, de algum dos nervos presentes no corpo. Sendo assim, a parestesia pode ocorrer devido a danos em nervos sensoriais.
Quando se trata de parestesia temporária, o dano gerado no nervo é passageiro e passível de recuperação. Dessa forma, a lesão pode ocorrer ao pressionar o nervo durante longos períodos, normalizando assim que a pressão cessar, voltando por completo os sentidos do paciente.
Ainda, a neuropatia periférica pode afetar os nervos periféricos, resultando em sintomas como dor e dormência.
Na parestesia oral, que pode afetar e surgir por longos períodos da vida do paciente, o dano ao nervo pode suceder de algum procedimento realizado na boca do paciente, ou cirurgia. Dessa forma, o dentista pode afetar algum nervo, resultando na parestesia oral.
Além disso, outros motivos podem desencadear a parestesia, ocasionando compressão ou alguma lesão que leva ao formigamento. Dentre os motivos podemos citar a aterosclerose, síndrome do túnel carpo, neuropatia periférica, fenômeno de Ravnaud, encefalite, esclerose múltipla, AVC, diabete, dentre outros.
Dentre as causas mais comuns para parestesia crônica estão:
Radiculopatia
Condição onde as terminações nervosas ficam inflamadas ou estreitas, indicando a presença de uma hérnia de disco ou estreitamento do canal da medula espinhal. Dessa maneira, é uma condição que costuma acometer as regiões lombar e cervical, afetando nervos ligados à perna e aos pés, além do ciático.
A radiculopatia pode afetar os nervos periféricos, resultando em sintomas como dor e dormência.
Neuropatia
Nessa condição ocorre danos crônicos nos nervos, devido a condições como a hiperglicemia. Ademais, traumas, lesões por esforço repetitivo, exposição a agentes radioativos, AVC e isquemia, podem desenvolver a condição.
Além disso, dentre os principais sintomas da parestesia crônica estão fortes pontadas de dor e de formigamento pelo corpo, dificuldade de locomoção e de articulação da região. Entretanto, alguns pacientes podem se queixar de coceira intermitente na região afetada e arrepios frequentes pelo corpo.
Sintomas de formigamento
Os sintomas da parestesia são bem característicos, havendo a presença de formigamento e dormência, além de dificuldade para movimentação de algum membro ou área do corpo afetada.
As sensações de formigamento e dormência são experiências subjetivas que ocorrem na ausência de estímulos externos.
Diagnóstico
O diagnóstico se baseia no histórico do paciente, além de exames clínicos e laboratoriais. O exame físico é uma parte essencial do processo de diagnóstico da parestesia, pois permite uma avaliação completa e cuidadosa.
Dentre os exames que podem ser solicitados temos o raio-x, testes sanguíneos, além de ressonância magnética para identificar a origem do problema.
Parestesia tratamento
O tratamento da parestesia envolve vários profissionais, dentre eles o fisioterapeuta, para retorno das funções motoras e fortalecimento da região afetada. Além disso, também é realizada a prescrição de medicamentos que auxiliam no controle de dores nos nervos.
Entretanto, para casos de neuropatias algumas mudanças de hábitos devem ser praticadas, visando o controle da doença.
O tratamento de parestesia causada por acidente vascular cerebral pode incluir procedimentos de emergência e tecnologias avançadas.
Em casos que o paciente apresente diabete, deve-se efetuar o encaminhamento a um nutricionista para ajustes na alimentação e posterior controle da glicemia.
Ainda, pode-se indicar ao paciente a utilização de um gel anestésico tópico, banho morno para aliviar a sensação de dor e estimular a circulação sanguínea, além de uso de água quente ou fria sobre a área afetada.
Prevenção da parestesia na extração do siso
Algumas medidas podem ser tomadas para pacientes que sofrem com parestesia após a extração dentária, visando prevenir a condição ou diminuir os sintomas. Dentre essas ações estão:
- Orientar a utilização de travesseiros para manter a cabeça e o pescoço elevados durante a noite, evitando a compressão das raízes nervosas;
- Evitar movimentos bruscos ou pressão sobre a área da mandíbula onde ocorrer a extração. Isso se deve, pois, essas ações podem intensificar os sintomas da parestesia;
- Prescrever analgésicos para aliviar a dor ou inflamação;
- Orientar alongamentos suaves na mandíbula e nos maxilares, por várias vezes, mantendo os músculos flexíveis e diminuindo a tensão nas raízes nervosas.
- Indicar a aplicação de gelo na área afetada, com o intuito de reduzir o inchaço e dor nos primeiros dias após a cirurgia. Entretanto, oriente o paciente, após os 4 primeiros dias, a realizar compressas quentes na área afetada, por 10 minutos, várias vezes ao dia.
Apesar de ocorrer com determinada frequência, principalmente após a extração do siso, a parestesia deve ser tratada com atenção, para impedir que alterações nos tecidos bucais comprimam o nervo alveolar.
Dessa forma, os cuidados são importantes para evitar edemas, causados pelo acúmulo de líquidos, e comprometimento da sensibilidade bucal do paciente.
Quando ocorre a parestesia após extração do siso?
Geralmente, essa condição surge após a extração do terceiro molar devido alguma lesão no nervo alveolar, que se localiza no interior da mandíbula, sendo responsável pela sensibilidade do queixo e do lábio inferior. Além disso, os sintomas podem se apresentar no lesionamento de demais nervos da região orofacial, tanto os presentes na língua quanto os presentes na face.
É comum os pacientes apresentarem parestesia após extração do terceiro molar?
É importante entender que a extração do siso em si, não é responsável pelo surgimento da parestesia.
Sendo assim, a parestesia só ocorre com o lesionamento de um nervo, podendo ser eventual, caso ocorra alguma intercorrência durante a cirurgia.