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Josiane Codental

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Tratamentos odontológicos

Profilaxia Antibiótica na Odontologia

Profilaxia antibiótica

Publicado por

Anderson

A profilaxia antibiótica é uma prática essencial na odontologia para prevenir infecções bacterianas em pacientes com condições médicas específicas ou procedimentos invasivos.

Seu uso adequado pode reduzir o risco de complicações graves, como endocardite infecciosa, infecções de próteses articulares e bacteremias significativas.

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No entanto, é fundamental que o dentista conheça bem as indicações e as diretrizes para evitar o uso indiscriminado, que pode levar à resistência bacteriana. Portanto, confira tudo sobre esse assunto nesse artigo!

Profilaxia Antibiótica: quando indicar?

Nem todo paciente necessita de profilaxia antibiótica antes de um procedimento odontológico. As principais indicações envolvem pacientes com alto risco de infecção grave. Segundo as diretrizes da American Heart Association (AHA) e da American Dental Association (ADA), recomenda-se a profilaxia antibiótica para pacientes que apresentam:

  • Histórico de endocardite infecciosa
  • Próteses valvares cardíacas ou reparos valvares com material protético
  • Doença cardíaca congênita não corrigida ou corrigida recentemente (nos últimos seis meses)
  • Pacientes submetidos a transplante cardíaco com disfunção valvar
  • Próteses articulares em indivíduos com risco elevado de infecção

Além disso, a profilaxia pode ser recomendada em pacientes imunossuprimidos, como aqueles em tratamento quimioterápico, transplantados ou portadores de doenças autoimunes em uso de imunossupressores.

Pacientes de alto risco

Os pacientes de alto risco para endocardite bacteriana incluem aqueles com histórico de doenças cardíacas, como válvula cardíaca artificial ou natural danificada, ou aqueles que recentemente passaram por uma cirurgia cardíaca. Além disso, pacientes com condições médicas pré-existentes, como diabetes ou doenças renais, também podem ser considerados de alto risco.

A profilaxia antibiótica é fundamental para esses pacientes, pois ajuda a prevenir a infecção das estruturas do coração por bactérias. A American Heart Association (Associação Americana do Coração) recomenda que esses pacientes recebam profilaxia antibiótica antes de procedimentos odontológicos que possam liberar bactérias na corrente sanguínea. Isso é crucial para evitar complicações graves, como a endocardite infecciosa, que pode ter consequências devastadoras para a saúde do paciente.

Quais procedimentos exigem profilaxia antibiótica?

A profilaxia antibiótica é indicada em procedimentos odontológicos que envolvem manipulação gengival significativa, perfuração da mucosa oral ou manipulação periapical. Isso inclui:

Por outro lado, procedimentos como radiografias, ajustes ortodônticos, restaurações sem envolvimento gengival e próteses removíveis geralmente não requerem profilaxia antibiótica.

Qual antibiótico utilizar e como administrá-lo?

O antibiótico de escolha para a profilaxia odontológica é a amoxicilina devido à sua eficácia contra os principais patógenos orais e boa absorção oral. A dose recomendada para adultos é:

  • 2g de amoxicilina via oral administrados 30 a 60 minutos antes do procedimento

Para pacientes alérgicos à penicilina, as alternativas incluem:

  • Clindamicina: 600 mg VO
  • Azitromicina ou claritromicina: 500 mg VO
  • Cefalexina (em pacientes sem histórico de anafilaxia à penicilina): 2g VO

Caso o paciente não tenha tomado a medicação dentro do tempo recomendado, pode-se administrar a dose até duas horas após o procedimento, embora o ideal seja antes.

Riscos e precauções no uso da profilaxia antibiótica

Embora a profilaxia seja essencial em alguns casos, seu uso indiscriminado pode trazer riscos como:

  • Desenvolvimento de resistência bacteriana
  • Efeitos colaterais como diarreia, reações alérgicas e desconforto gastrointestinal
  • Seleção de flora resistente e possíveis infecções oportunistas

Além disso, é fundamental avaliar cada paciente individualmente, considerando o histórico médico, os riscos e os benefícios do uso de antibióticos. Além disso, a prescrição inadequada pode ser mais prejudicial do que benéfica.

Prevenção de complicações

A profilaxia antibiótica é uma medida preventiva importante para evitar complicações em pacientes de alto risco. Além de prevenir a endocardite bacteriana, a profilaxia antibiótica também pode ajudar a prevenir outras infecções, como a infecção do trato gastrointestinal. Essas infecções podem ocorrer quando bactérias entram na corrente sanguínea durante procedimentos odontológicos ou cirúrgicos.

É fundamental que os pacientes sigam as instruções do cirurgião ou dentista sobre a profilaxia antibiótica, incluindo a dose e a via de administração (via oral ou via endovenosa). Além disso, é importante que os pacientes informem seus médicos sobre quaisquer alergias ou condições médicas pré-existentes antes de receber profilaxia antibiótica. Isso garante que o antibiótico escolhido seja seguro e eficaz, minimizando o risco de reações adversas e maximizando a proteção contra infecções.

A profilaxia antibiótica, quando utilizada de forma adequada, é uma ferramenta poderosa na prevenção de complicações graves em pacientes de alto risco. Seguir as recomendações médicas e manter uma comunicação aberta com os profissionais de saúde são passos essenciais para garantir um tratamento seguro e eficaz.

Considerações finais

A profilaxia antibiótica na odontologia é uma ferramenta valiosa para prevenir infecções graves em pacientes de alto risco. No entanto, sua indicação deve ser baseada em critérios rigorosos, seguindo as diretrizes atualizadas das principais associações médicas e odontológicas, como a American Heart Association e a American Dental Association. O dentista tem um papel fundamental na prescrição responsável, garantindo que a profilaxia seja utilizada quando realmente necessária, evitando riscos desnecessários ao paciente.

Manter-se atualizado sobre as recomendações vigentes e conscientizar os pacientes sobre o uso racional de antibióticos é essencial para garantir um tratamento odontológico seguro e eficaz.

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