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Josiane Codental

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Tratamentos odontológicos

Apicectomia: saiba tudo sobre essa condição!

Apicectomia

As lesões dentárias podem trazer muitos problemas para os pacientes, a apicectomia pode ser uma solução para eles. 

A apicectomia é uma forma alternativa de tratamento em caso de problemas odontológicos, especialmente com a ponta do dente, o que também se denomina cirurgia periapical. 

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Sendo assim, é uma solução para a ponta e raiz dos dentes, nos casos onde outras soluções de resolução mais fáceis não são aceitáveis.

Pensando em ajudar você a descobrir tudo sobre apicectomia, preparamos o artigo abaixo com tudo que você precisa saber sobre esse tratamento. Confira!

O que é apicectomia? 

A apicectomia é um tratamento que deve ser realizado quando um paciente apresenta problemas dentários que não podem ser tratados de forma mais simples como, por exemplo, um tratamento de canal ou obturações

Assim sendo, em algumas situações onde o paciente apresenta dores, inchaços e infecções constantes na região do dente, mesmo após a realização de tratamentos simples, a apicectomia pode ser a solução para eliminação deste problema. 

Portanto, realiza-se essa cirurgia na ponta da raiz dos dentes, visando remover as lesões intraósseas, de origem infecciosa, que se desenvolvem nesta região e levam à destruição do osso maxilar ou mandibular. 

Entretanto, deve-se ter em mente que a evolução de uma lesão no ápice da raiz é gradual, longa e é diagnosticada somente mediante exame radiográfico, assim, a apicectomia é utilizada para retirada da lesão e da ponta da raiz do dente. 

Quando se indica a apicectomia?

A principal indicação para a realização da apicectomia é a presença de infecção dental persistente e irreversível, que não pode ser resolvida por tratamentos endodônticos convencionais, como o tratamento de canal. Embora o tratamento de canal seja amplamente utilizado, nem sempre se mostra eficaz, o que torna necessária a intervenção cirúrgica.

Além das infecções persistentes, pode-se indicar a apicectomia em outras situações, como:

  • Dilacerações nas raízes;
  • Perfurações no último terço das raízes;
  • Fraturas causadas por procedimentos cirúrgicos anteriores.

Essa cirurgia também é uma alternativa valiosa quando o objetivo é evitar a extração do dente, preservando sua funcionalidade, além de ser uma medida para tratar condições que comprometam o sucesso do tratamento endodôntico. Portanto, pode se considerar a apicectomia um recurso de última instância para salvar dentes que, de outra forma, seriam extraídos.

Passo a passo da apicectomia

Realiza-se a cirurgia periapical sob anestesia infiltrativa local, garantindo que o procedimento seja indolor para o paciente.

O acesso à lesão é feito por via intraoral, iniciando-se pelo lado vestibular do maxilar, próximo ao término das raízes envolvidas. Uma incisão é feita com bisturi convencional ou laser para descolar a gengiva e acessar o osso maxilar. O osso é então “trepanado” utilizando brocas específicas até expor a área da lesão periapical.

Em seguida, realiza-se a extirpação da área intraóssea comprometida, o que envolve a ressecção dos últimos milímetros da raiz ou raízes afetadas. Os canais radiculares das raízes envolvidas são posteriormente obturados com materiais biocompatíveis, como amálgama ou outros agentes de obturação adequados. Esse procedimento é uma apicectomia com obturação retrógrada, caracterizando-se como uma cirurgia endodôntica.

Ao final, a área é suturada, e a gengiva é fechada. Em alguns casos, indica-se o preenchimento da cavidade intraóssea com grânulos de osso sintético. Para monitoramento do sucesso do procedimento e da regressão da lesão, recomenda-se a realização de radiografias periódicas.

Como parte do protocolo, é aconselhável o envio de uma amostra do tecido ressecado para análise anatomopatológica, a fim de garantir a caracterização precisa da natureza da lesão.

Pós-operatório da apicectomia

O pós-operatório é uma fase muito importante de todo procedimento cirúrgico, devendo o paciente ser muito bem orientado, para que tudo saia como planejado. 

Um ponto importante de esclarecer é sobre o desconforto, que ficará presente nos primeiros dias, sendo uma sintomatologia normal, que diminui com o passar do tempo. Entretanto, dentre as recomendações a se seguir estão:

Repouso

O repouso pós-cirúrgico é uma recomendação padrão nesses casos. Isso se deve, pois, o corpo necessita de descanso para uma recuperação adequada. Sendo assim, oriente os pacientes a não realizarem atividade física na semana seguinte ao procedimento.

Alimentação

Outro ponto que deve haver atenção é a alimentação. Dessa forma, orienta-se o paciente a não consumir alimentos duros e em temperaturas extremas. Sendo assim, se evita choques térmicos na região e pressão excessiva na área operada.

Higiene bucal 

Manter a boca sempre higienizada se torna essencial na recuperação de qualquer procedimento odontológico. Dessa maneira, explique ao paciente sobre a importância e necessidade de escovar os dentes, sempre com cuidado e utilizando escovas macias. Além disso, deve-se indicar enxaguantes bucais sem álcool para auxiliar na higienização durante essa fase.

Medicamentos

Analgésicos e anti-inflamatórios podem ser indicados. Entretanto, lembre-se de explicar corretamente a administração destes aos pacientes.

Inchaço e gelo

Um sintoma comum no pós-operatório da apicectomia é a presença de edema na região operada. Dessa maneira, deve-se orientar a aplicação de gelo na região externa da bochecha, durante os 3 primeiros dias, auxiliando na redução do inchaço.

Álcool e cigarro

O álcool e cigarro são elementos que comprometem a saúde bucal. Sendo assim, deve-se orientar aos pacientes a evitar o consumo destes durante a recuperação, para evitar prejuízos a cicatrização.

Acompanhamento

O acompanhamento pós-operatório é essencial para a boa recuperação do paciente. Portanto, lembre de monitorar o progresso deles e garantir que entendam a importância da frequência nas consultas.

Riscos e complicações da apicectomia

Como em qualquer procedimento cirúrgico, a apicectomia apresenta riscos e possíveis complicações. Entretanto, quando o planejamento do tratamento é bem estruturado e apoiado por exames de imagem, como tomografia computadorizada ou dentalscan, que permitem uma visualização tridimensional da área a ser tratada, e são seguidos os cuidados pós-operatórios recomendados, a cirurgia torna-se um procedimento seguro e previsível.

Todavia, há situações em que a apicectomia não é viável. Sendo assim, as contraindicações incluem a proximidade com estruturas anatômicas importantes, como nervos faciais, que podem ser lesionados, resultando em parestesias ou paralisias, além de dificuldades de acesso a áreas específicas, como a raiz palatina dos molares superiores, localizada mais internamente na cavidade oral, na região do palato.

Concluindo, a apicectomia, apesar de ser um dos últimos recursos utilizados, é um procedimento relativamente simples. Entretanto, o paciente deve realizar todas as recomendações do pós-operatório, além do dentista, lembrar que atualização constante é a chave para procedimentos bem sucedidos. 

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