Codental
Josiane Codental

Ei dentista, espero que goste do artigo.

Posso te ajudar a organizar e informatizar seu consultório, clique aqui.

Tratamentos odontológicos

Classificação de Kennedy e suas modificações: um guia completo!

Classificação de Kennedy

A odontologia é uma área que exige conhecimento técnico apurado e a capacidade de categorizar diferentes condições bucais para planejar tratamentos eficazes. Uma das ferramentas mais importantes para a prótese parcial removível é a classificação de Kennedy, que organiza os tipos de arcos edêntulos de maneira prática e funcional.

Neste artigo, abordaremos em detalhe a classificação de Kennedy e suas modificações, fornecendo um recurso abrangente para dentistas. Confira!

Aumente sua produtividade com o Codental

+20.000 dentistas

Aumentaram a produtividade de seus consultórios com o Codental.

Começar de graça

O que é a Classificação de Kennedy?

A classificação de Kennedy foi criada e introduzida em 1925 por Edward Kennedy e continua sendo uma referência amplamente utilizada para descrever os arcos edêntulos.

Essa classificação é baseada na localização e extensão dos espaços desdentados e procura facilitar a comunicação entre os profissionais de odontologia e o planejamento de próteses.

Dessa maneira, é uma ferramenta que facilita muito o planejamento de próteses dentárias, em pacientes com ausência de algum elemento dentário.

Tipos de arcos edêntulos segundo Kennedy

A classificação original de Kennedy é dividida em quatro classes principais:

Classe I

A Classe I refere-se a arcos edêntulos bilaterais com áreas desdentadas posteriores. Ou seja, não há dentes posteriores em ambos os lados do arco, mas os dentes anteriores estão presentes.

Classe II

A Classe II descreve um arco edêntulo unilateral, onde apenas um lado apresenta área desdentada posterior.

Classe III

A Classe III caracteriza-se por um espaço desdentado unilateral, mas com dentes naturais presentes anterior e posteriormente ao espaço desdentado, criando um limite mais definido.

Classe IV

A Classe IV é usada para descrever arcos com áreas desdentadas localizadas na região anterior, atravessando a linha média e sendo bilaterais.

Características da Classificação de Kennedy

A classificação de Kennedy possui algumas características, sendo elas:

  • Hierarquia das Classes: a classificação segue uma hierarquia de prioridade. Por exemplo, se um arco apresenta características de Classe I e Classe III, a Classe I prevalece.
  • Praticidade: a classificação simplifica o planejamento protético, ajudando a identificar rapidamente o tipo de reabilitação necessária.
  • Flexibilidade: permite aplicações diversas, independentemente do número de dentes ausentes ou da configuração do arco.

Modificações da Classificação de Kennedy

Com o tempo, foram introduzidas modificações para abordar situações mais complexas e fornecer descrições mais detalhadas. Sendo assim, as principais modificações incluem:

Modificações de Applegate

Applegate, em 1935, propôs regras adicionais para aplicar corretamente a classificação de Kennedy, fornecendo diretrizes adicionais para o planejamento das PPRs. Sendo assim, as regras adicionais são:

  • A classificação deve ser feita após as extrações planejadas. Dessa forma, isso garante que o planejamento protético considere a condição final do arco.
  • As áreas desdentadas que não determinam a classe são consideradas modificações. Sendo assim, os espaços adicionais são descritos como “modificações”, por exemplo, Classe I, Modificação 1.
  • A classe é determinada pela área desdentada mais posterior. Portanto, se facilita a aplicação padronizada.
  • Não há modificações para Classe IV. Dessa maneira, por ser anterior e atravessar a linha média, a Classe IV não inclui espaços desdentados adicionais como modificações.
  • Quando há ausência de terceiros molares, desconsidera-se a região na classificação. Entretanto, a situação muda em casos de reposição de próteses. 
  • O terceiro molar é considerado para classificação se for dente pilar ou base de suporte.
  • Na ausência do segundo molar, não se considera o espaço na classificação. 

Outros Ajustes

Dentistas também podem combinar a classificação com sistemas auxiliares, como o uso de esboços ou codificação visual para maior precisão no registro do caso.

Além disso, os estudantes de odontologia também precisam conhecer bem a classificação de Kennedy, para compreender o planejamento das prósteses, além de conseguir se comunicar em estágios e eventos.

Benefícios da Classificação de Kennedy

Vários são os benefícios de se utilizar a classificação de Kennedy, como:

  1. Facilidade de diagnóstico: proporciona um meio rápido de avaliar o estado do arco edêntulo.
  2. Planejamento eficaz: orienta a escolha de dispositivos protéticos, como grampos e conectores. Além disso, melhora a adaptação da prótese.
  3. Comunicação clara: padroniza a linguagem entre os profissionais de odontologia, laboratórios e pacientes.
  4. Previsão de complicações: ajuda a identificar pontos de atenção para evitar falhas protéticas. Ademais, fornece uma estética natural e harmônica.

Dessa forma, o uso da classificação desempenha um papel muito importante no planejamento e fornecimento do planejamento odontológico personalizado e de qualidade, o que irá promover a saúde e o bem-estar do paciente.

Exemplo prático de uso da classificação

Várias são as aplicações para a classificação. Sendo assim, imagine um paciente que apresenta um espaço desdentado bilateral posterior e dentes anteriores preservados.

Nesse caso, o arco seria classificado como Classe I. Entretanto, caso o mesmo paciente também tenha espaços desdentados anteriores adicionais, incluiríamos as “modificações” na descrição.

Conceito de prótese parcial removível (P.P.R.)

O termo prótese parcial removível (P.P.R.) tem significado, sendo a prótese, pois cuida de repor os tecidos faltantes por elementos artificiais. Além disso, o termo parcial se refere a substituição de um ou mais dentes, além de estruturas associadas.

Por fim, o termo removível, se deve ao fato da prótese poder ser removida para higienização adequada, além da devida higienização dos dentes.

Entretanto, deve-se se atentar, pois são utilizados vários outros termos, por diferentes autores e escolas de designer, da P.P.R., como pontes móveis, aparelho de Roach, aparelhos móveis, prótese móvel, aparelho de attachments, dentaduras parciais, etc.

Todavia, o termo móvel não é muito recomendado, pois dá a ideia de mobilidade, não sendo a característica da P.P.R.. Além disso, o termo aparelho é sugestivo a dispositivos usados apenas durante o período de tratamento, não sendo esse o caso.

Limitações da Classificação de Kennedy

Embora amplamente utilizada, a classificação de Kennedy tem algumas limitações, dentre elas:

  • Generalização: pode não capturar nuances específicas de casos complexos.
  • Foco em espaços desdentados: ignora fatores como qualidade dos dentes remanescentes ou condição periodontal.
  • Exclusão de implantes: não aborda situações que envolvem reabilitações com implantes dentários.

Portanto, a classificação de Kennedy e suas modificações são ferramentas indispensáveis para o dentista moderno. Sendo assim, apesar de suas limitações, oferece uma base sólida para diagnosticar, planejar e executar tratamentos protéticos de forma eficiente.

Como dentista, compreender e aplicar corretamente essa classificação pode melhorar significativamente a qualidade dos cuidados oferecidos aos pacientes. Dessa maneira, se você busca aprofundar seu conhecimento em prótese parcial removível, investir no estudo detalhado da classificação de Kennedy é essencial.

Ainda está em dúvida?

Faça o teste gratuito agora por 7 dias.