Profissionais dentistas dedicam anos à formação e ao aprimoramento constante para oferecer o melhor atendimento odontológico aos seus pacientes. No entanto, além das habilidades clínicas, é crucial compreender a importância da contabilidade para dentistas e como ela pode ser uma aliada na gestão eficiente do seu consultório.
Por isso, este artigo explora alguns aspectos fundamentais desse universo, desde a relevância da contabilidade até questões práticas sobre impostos e organização financeira.
Por que a contabilidade para dentistas é importante?
Primeiramente, a contabilidade é uma exigência legal, logo, ao abrir uma empresa é necessário reunir registros em diversos órgãos, como:
- Conselho Regional de Odontologia
- Secretaria da Receita Federal
- Vigilância Sanitária e Sindicato da Classe
- Caixa Econômica Federal, devido ao recolhimento de INSS e FGTS
- Junta Comercial.
Sendo assim, a contabilidade ajudará a regularizar a empresa através destes registros e taxas a serem pagas, diminui as chances de a clínica receber multas ou outra qualquer consequência jurídica, cumprindo, assim, suas obrigações fiscais.
Como funciona o imposto para dentistas?
Entender o sistema tributário é essencial para otimizar a carga fiscal e garantir que o consultório esteja conforme a legislação vigente. Dito isso, no caso dos dentistas, o imposto de renda pessoa jurídica (IRPJ) e a contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) são tributos que merecem atenção especial.
Em primeiro lugar, a escolha entre diferentes regimes tributários, como o Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real podem impactar significativamente a carga tributária. Portanto, é crucial que os dentistas compreendam as implicações fiscais de cada opção e escolham aquela que melhor se alinha com sua realidade financeira e operacional.
Em resumo, o Simples-Nacional é destinado a empresas pequenas com faturamento anual até R$ 4,8 milhões. Depois está o Lucro presumido, que exige maior controle contábil, destinado a empresas de faturamento anual até R$ 78 milhões. Por fim, as empresas que tiverem faturamento anual superior a R$ 78 milhões deve escolher o Lucro Real, que tem uma base de cálculo de impostos sobre o lucro líquido contábil, considerando todas as receitas e despesas efetivas da empresa.
Como a contabilidade ajuda a organizar o financeiro de um consultório odontológico?
A organização financeira é o alicerce para o crescimento sustentável de qualquer negócio, e com consultórios odontológicos não é diferente. Automatizar processos, utilizar softwares de gestão financeira e manter um controle rigoroso sobre receitas e despesas são passos essenciais.
Além disso, é crucial separar as finanças pessoais das empresariais, evitando misturar contas e facilitando a análise do desempenho financeiro da clínica. Nesse ponto, ter uma contabilidade bem estruturada auxiliará nessa separação e em um controle mais direcionado do financeiro do consultório.
Emissão de recibo para dentistas: como funciona?
O recibo emitido por dentistas é um documento fundamental para formalizar a prestação de serviços odontológicos e fornecer informações detalhadas sobre o atendimento realizado.
Dito isso, exitem alguns elementos essenciais e informações relevantes sobre como funciona o recibo de dentistas, como:
- Identificação do dentista: nome completo e número de registro no Conselho Regional de Odontologia (CRO) do profissional.
- Identificação do paciente: nome completo do paciente, número do documento de identificação (RG ou CPF) do paciente.
- Descrição dos serviços prestados: Detalhamento dos procedimentos odontológicos realizados, incluindo códigos e nomenclaturas específicas e também data e hora do atendimento.
- Valores e honorários: valor unitário de cada procedimento, subtotal por procedimento, total geral dos serviços prestados, indicação de descontos ou acréscimos, se aplicável.
- Formas de pagamento: especificação da forma de pagamento escolhida pelo paciente (dinheiro, cheque, cartão de crédito, etc.).
- Informações adicionais: informações sobre garantias, se aplicável, instruções pós-tratamento, se necessário e contato do consultório para esclarecimentos ou agendamento de consultas futuras.
- Dados do consultório odontológico: nome e endereço completo do consultório, número de telefone e e-mail para contato.
- Assinatura e carimbo: assinatura do dentista responsável pelos serviços prestados., carimbo com o nome, número de inscrição no CRO e demais informações exigidas pelo Conselho Regional de Odontologia.
- Numeração sequencial: atribuição de um número sequencial para o recibo, para facilitar o controle interno e a identificação em casos de necessidade de rastreamento.
- Conformidade legal: certifique-se de que o recibo está consoante as normas legais e regulamentações do Conselho Regional de Odontologia e demais órgãos competentes.
10 dicas para fazer a contabilidade de dentista
Fazer a contabilidade para dentistas pode parecer desafiador, mas com as práticas certas, é possível simplificar esse processo e garantir uma gestão financeira eficiente para o consultório odontológico.
Sendo assim, é possível listar algumas dicas para uma contabilidade mais eficiente e correta, como:
1. Contrate um contador especializado em saúde:
Opte por um profissional de contabilidade especializado no setor de saúde, de preferência que já tenha trabalhado para dentistas. Esse conhecimento específico facilitará a compreensão das particularidades da área e garantirá um serviço mais personalizado.
2. Mantenha a documentação organizada:
Mantenha todos os documentos fiscais e contábeis organizados e em dia. Isso inclui notas fiscais, recibos, extratos bancários e comprovantes de despesas. A organização facilita o trabalho do contador e agiliza processos como a declaração de imposto de renda.
3. Utilize um software de gestão financeira:
Investir em um software de gestão, específico para consultórios odontológicos, pode simplificar a contabilidade. Essas ferramentas automatizam tarefas rotineiras, como controle de despesas, emissão de notas fiscais e conciliação bancária.
O Codental será responsável por auxiliar na gestão do consultório odontológico, facilitando ainda mais a contabilidade para dentistas, já que possui fluxo de caixa e emissão de recibos.
4. Separe finanças pessoais e empresariais:
Evite misturar as finanças pessoais com as do consultório. Manter contas separadas facilita a análise financeira, assim reduzirá conflitos e permitirá uma visão mais clara do desempenho do consultório, o que é benéfico tanto para o empresário quanto para o contador.
5. Esteja atento aos prazos fiscais:
Conheça e esteja atento aos prazos fiscais, pois o atraso no pagamento de impostos pode resultar em multas e juros, prejudicando a saúde financeira do consultório.
Para auxiliar, mantenha um calendário atualizado com todas as obrigações fiscais.
6. Escolha o regime tributário adequado:
Avalie qual regime tributário (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real) é mais vantajoso para o seu consultório. O auxílio de um contador é crucial nessa decisão, pois impactará diretamente nos custos tributários.
7. Realize conciliação bancária regularmente:
Faça conciliação bancária regularmente para garantir que todos os lançamentos financeiros estejam corretos.
Isso ajuda a identificar possíveis erros ou fraudes, e ainda proporciona uma visão precisa da movimentação financeira.
8. Controle o fluxo de caixa:
Mantenha um controle rigoroso do fluxo de caixa do consultório. Isso inclui monitorar entradas e saídas de dinheiro, antecipar despesas e garantir que haja recursos suficientes para cobrir compromissos financeiros.
Ao ter esse controle rigoroso, caso aconteça alguma divergência no caixa, será mais rapidamente detectada, o que ajudará a resolvê-lo.
9. Invista em educação financeira:
Busque conhecimento sobre conceitos financeiros básicos e contabilidade, uma vez que ao compreender os fundamentos a comunicação com os responsáveis pela contabilidade ficará mais clara, possibilitando, assim, uma participação mais ativa na gestão financeira do consultório.
10. Faça revisões periódicas com o contador:
Por fim, realize reuniões periódicas com o contador para revisar relatórios financeiros, discutir estratégias de redução de custos e avaliar o desempenho econômico do consultório. Essa colaboração é essencial para o sucesso financeiro a longo prazo.