A resina composta é um dos materiais mais utilizados na odontologia para substituir a estrutura dentária. Pensando nisso, preparamos um artigo completo sobre as cores de resina para dentes. Confira!
Histórico da resina composta:
A resina composta surgiu da necessidade em substituir a estrutura dentária perdida e se aproximar da estética dental natural. Sua utilização na clínica odontológica diária se tornou bastante corriqueira, substituindo as restaurações metálicas de amálgama, que traziam um resultado estético insatisfatório.
Foram muitos anos de pesquisa até se chegar nas resinas compostas. Dessa maneira, havia a necessidade de se criar um material que minimizasse as desvantagens da resina acrílica quimicamente ativada e das resinas epóxicas, tais como, alto coeficiente de expansão térmica, desgaste excessivo, descoloração e alta contração de polimerização.
Assim, as resinas compostas (ou fotopolimerizáveis) surgiram em meados dos anos 60, através dos resultados dos trabalhos de Bowen (1962). Basicamente, elas correspondem a monômeros e foto iniciadores, responsáveis pela reação de polimerização. Entretanto, há também os elementos ativadores e as cargas inorgânicas, um elemento de fundamental importância presente na constituição dessas resinas, visto que são os elementos responsáveis pelo desenvolvimento progressivo desses componentes odontológicos.
Em 1964, surgiu a primeira resina composta na forma de pó e líquido, a Advent da 3M. Já em 1969, a primeira resina composta na versão pasta/pasta, a Adaptic da Johnson & Johnson, que atualmente ainda é utilizada em alguns procedimentos.
Composição
A resina composta é, atualmente, o material mais utilizado na clínica odontológica para a substituição de estrutura dentária. Essas restaurações são formadas por 3 componentes: a matriz orgânica, a carga inorgânica e o agente de união. Ainda, a mistura resulta em um material com coloração bastante similar aos dentes.
As resinas são constituídas de uma matriz orgânica (Bis-Gma), um agente de união (silanos), partículas de carga (sílica, vidro de bário, zircônio/sílica) e agentes iniciadores da reação química (canforoquinona, peróxido de benzoíla).
Classificação das resinas compostas
As resinas compostas são classificadas pelo tamanho das partículas inorgânicas e sua porcentagem em volume. Dessa forma, podem ser macroparticuladas, microparticuladas, micro-híbridas e nanoparticuladas.
- Macroparticuladas: não estão mais presentes no mercado;
- Microparticuladas: apresentam tamanho médio das partículas de sílica coloidal, o que confere ao material maior lisura superficial, embora possua extensa área de superfície relativa, acarretando necessidade de abundância de matriz orgânica para molhamento;
- Micro-híbridas: misturam dois tipos diferentes de partículas, a sílica coloidal e partículas de vidro. São resinas universais, com utilização tanto em dentes anteriores quanto em posteriores;
- Nanoparticuladas: são resinas compostas com nanopartículas de sílica. São partículas 10 vezes menores do que as resinas microparticuladas. Possuem excelente polimento e brilho, além de alta propriedade mecânica.
Cores de resina para os dentes
A reprodução das cores de resina para os dentes é um grande desafio na área da estética dentária. Há diversos métodos para a determinação da cor na odontologia. Entretanto, o mais comum é a utilização de uma escala de cores, compostas por amostras representativas das médias das cores presentes na dentição humana, a escala Vita.
A escala Vita é baseada no matiz e croma, em que o matiz possui as nuances de A, B, C e D (castanho, amarelo, cinza e vermelho, respectivamente).
Já o croma se divide em 4 graus, variando de 1 a 4. Desta forma, o matiz A apresenta cinco intensidades cromáticas (A1, A2, A3, A3,5, A4), o matiz B e o C, apresentam-se com quatro (B1, B2, B3 e B4; C1, C2, C3 e C4) e o matiz D apresenta apenas três (D2, D3 e D4).
Como escolher a cor correta da resina
- Utilizar escalas de cor pré-fabricadas, como a escala Vita. Entretanto, lembre-se que a posição da paleta deve estar no mesmo eixo do dente. Sendo assim, a borda incisal da escala deve coincidir com a borda incisal do dente, já que essa região tem menos dentina e sendo mais translúcida.
- Escolher a cor da resina antes do isolamento absoluto. A escolha da cor deve ser feita antes do isolamento absoluto. Pois, os dentes isolados ficam desidratados e, consequentemente, ficam mais claros que os dentes normais.
- Separar o dente em terços (cervical, médio e incisal). Pois, cada região do dente tem diferentes colorações.
- Realiza-se de melhor forma a seleção de cor, sob luz natural.
- Para seleção da resina, o ideal é polimerizar o material na superfície vestibular do dente em pequenos incrementos, sem a necessidade de aplicação de ácido fosfórico.