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Doenças odontológicas

Dentes amarelados: um guia completo!

dentes amarelados

Publicado por

Carolina Gomes

A coloração dentária é um fator determinante na estética do sorriso, impactando diretamente a autoestima e a confiança dos pacientes. Dessa forma, os dentes amarelados são uma das principais queixas nos consultórios odontológicos e pode estar relacionado a múltiplos fatores, tanto extrínsecos quanto intrínsecos.

Para o dentista, compreender a etiologia dessa condição e conhecer os avanços terapêuticos disponíveis são passos fundamentais para oferecer soluções eficazes e personalizadas.

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Portanto, pensando em te auxiliar, preparamos esse artigo completo, com tudo que você precisa saber sobre dentes amarelados. Confira!

Estrutura e coloração natural dos dentes

Os dentes apresentam variações de coloração natural, influenciadas pela composição do esmalte e da dentina. O esmalte, sendo semitranslúcido, permite a passagem da luz e influência a tonalidade final dos dentes. A dentina, por ser mais espessa e amarelada, exerce grande influência na cor percebida.

Além disso, a espessura do esmalte varia entre os indivíduos, impactando a intensidade da coloração. No entanto, com o passar do tempo, alterações estruturais e ambientais podem modificar esse equilíbrio natural.

Principais causas dos dentes amarelados

Os dentes amarelados possuem causas distintas, devendo o dentista conhecê-las. Dessa maneira, as principais causas são:

1. Fatores Extrínsecos

Os fatores extrínsecos resultam da exposição dos dentes a substâncias pigmentadas, sendo algumas das principais causas:

  • Alimentos e bebidas pigmentadas: café, chá-preto, vinho tinto, refrigerantes escuros e alimentos ricos em corantes artificiais promovem a adesão de pigmentos à superfície dentária.
  • Tabagismo: A nicotina e o alcatrão contido no cigarro favorecem o desenvolvimento de manchas amareladas e marrons nos dentes.
  • Má higiene bucal: A escovação inadequada permite o acúmulo de biofilme, facilitando a adesão de pigmentos exógenos.
  • Uso excessivo de enxaguantes bucais com clorexidina: A longo prazo, pode causar pigmentação superficial devido à interação química com proteínas salivares.

2. Fatores Intrínsecos

Fatores intrínsecos afetam a estrutura interna dos dentes, alterando sua coloração de maneira mais profunda:

  • Envelhecimento: o desgaste gradual do esmalte expõe mais a dentina, tornando a tonalidade do dente progressivamente mais amarelada.
  • Fluorose dentária: a ingestão excessiva de flúor durante a formação dentária pode levar ao aparecimento de manchas amareladas, brancas ou acastanhadas.
  • Uso de antibióticos: antibióticos como tetraciclina e doxiciclina, quando administrados durante a odontogênese, podem causar alterações cromáticas permanentes.
  • Doenças genéticas: condições como amelogênese imperfeita e dentinogênese imperfeita resultam em anormalidades estruturais que impactam a cor dos dentes.
  • Traumas dentários: lesões nos dentes podem levar à hemorragia pulpar e subsequente escurecimento do dente afetado.

3. Fatores Relacionados a Tratamentos Odontológicos

  • Materiais restauradores antigos: amálgamas metálicas podem conferir um aspecto escurecido ao dente devido à liberação de íons metálicos.
  • Cimentos endodônticos inadequados: alguns materiais utilizados em tratamentos de canal podem resultar em pigmentação interna do dente.
  • Necrose pulpar: a morte da polpa dentária pode causar escurecimento progressivo do dente devido à degradação de hemoglobina.

Diagnóstico do amarelamento dentário

O diagnóstico correto é fundamental para a definição da abordagem terapêutica mais adequada. Portanto, o profissional deve:

  1. Realizar anamnese detalhada, identificando fatores predisponentes como hábitos alimentares, histórico de tabagismo e uso de medicamentos.
  2. Examinar clinicamente a presença de manchas intrínsecas e extrínsecas, avaliando também desgastes estruturais e presença de restaurações.
  3. Utilizar exames complementares, como fotografias intraorais e radiografias, para melhor documentação e acompanhamento da coloração dentária.

Opções de Tratamento

Atualmente, vários são as possibilidades de tratamento para dentes amarelados, dentre elas:

1. Profilaxia Profissional

Manchas extrínsecas podem ser removidas por meio de:

  • Ultrassom para remoção de cálculo e placa bacteriana.
  • Jato de bicarbonato de sódio para remoção de pigmentos aderidos.
  • Polimento com pastas abrasivas para refinamento da superfície dentária.
  • Uso de agentes clareadores químicos leves, em casos de pigmentação superficial.

2. Clareamento Dental

O clareamento é um dos tratamentos mais eficazes para restaurar a cor dos dentes e pode ser realizado por diferentes métodos:

  • Clareamento em consultório: utilização de peróxido de hidrogênio em concentrações elevadas, frequentemente ativado por luz LED ou laser.
  • Clareamento caseiro supervisionado: aplicação domiciliar de peróxido de carbamida em concentrações menores, utilizando moldeiras personalizadas.
  • Clareamento interno: indicado para dentes desvitalizados que sofreram escurecimento após tratamento endodôntico.
  • Uso de géis clareadores associados a dessensibilizantes, visando minimizar efeitos adversos como a hipersensibilidade dentária.

3. Facetas e lentes de contato dentais

Quando o clareamento não é suficiente ou contraindicado, alternativas restauradoras podem ser consideradas:

  • Facetas de resina composta: opção mais acessível e reversível para correção de manchas moderadas.
  • Lentes de contato dental: laminados ultrafinos de porcelana que proporcionam alto nível estético e resistência.
  • Facetas de porcelana: indicadas para casos de alterações severas na coloração dentária, conferindo durabilidade e estética superior.

Tecnologias avançadas no tratamento da pigmentação dentária

Com o avanço da odontologia estética, novas tecnologias têm sido incorporadas ao tratamento das alterações de cor dentária:

  • Laserterapia: utilizada para potencializar a ação de agentes clareadores, reduzindo o tempo de tratamento e os efeitos colaterais.
  • Nanotecnologia em clareadores dentais: novos produtos clareadores apresentam nanopartículas bioativas que minimizam a desmineralização do esmalte.
  • Clareamento fotodinâmico: método que utiliza substâncias fotossensíveis ativadas por luz LED para remoção eficiente de pigmentos.

Prevenção do Amarelamento Dentário

  • Higiene bucal rigorosa, com escovação adequada e uso diário do fio dental.
  • Redução da ingestão de alimentos e bebidas pigmentadas, diminuindo a possibilidade de pigmentação dos dentes.
  • Visitas regulares ao dentista para controle da saúde bucal e realização de profilaxia.
  • Uso de canudos para bebidas pigmentadas, reduzindo o contato com os dentes e diminuindo as chances de amarelamento dentário.
  • Moderação no uso de clareadores dentais caseiros, evitando o desgaste do esmalte.

Impactos psicológicos do amarelamento dentário

O amarelamento dentário pode afetar significativamente a autoestima e a socialização dos pacientes. Estudos demonstram que indivíduos insatisfeitos com a coloração de seus dentes tendem a evitar sorrir e podem apresentar insegurança em interações sociais. Dessa forma, o tratamento odontológico não apenas melhora a estética, mas também contribui para o bem-estar emocional do paciente.

Portanto, o amarelamento dentário é um problema multifatorial que exige uma abordagem diagnóstica minuciosa e um plano terapêutico adequado. Entretanto, com os avanços na odontologia estética, é possível oferecer tratamentos eficazes, devolvendo aos pacientes um sorriso mais saudável e harmônico. Além disso, a orientação preventiva deve ser enfatizada para garantir a longevidade dos resultados obtidos.

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