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Josiane Codental

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Tratamentos odontológicos

Farmacocinética na odontologia

Farmacocinética

No campo da odontologia, a busca constante por tratamentos eficazes e seguros para os pacientes é uma prioridade. Com intuito de atingir esse objetivo, é fundamental compreender como os medicamentos interagem no corpo humano, incluindo sua absorção, distribuição, metabolismo e eliminação. Por isso, a importância da farmacocinética, uma disciplina que estuda o caminho que um medicamento percorre dentro do organismo.

Sendo assim, este artigo, tem intuito de ressaltar a importância da farmacocinética na odontologia, trata das suas principais etapas e como essa compreensão aprofundada pode otimizar os tratamentos dentários.

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Farmacocinética X Farmacodinâmica

Primeiramente, vale ressaltar e diferenciar a farmacocinética e a farmacodinâmica. Estas são duas áreas fundamentais da farmacologia e trabalham em conjunto para entender completamente como os medicamentos interagem com o organismo humano. No entanto, elas se concentram em aspectos distintos dessa relação complexa.

A farmacocinética, como foi dito, se concentra nos processos que ocorrem com o medicamento dentro do corpo, desde o momento em que é administrado até sua eliminação.

Por outro lado, a farmacodinâmica concentra-se nos efeitos do medicamento no organismo e como ele interage com os sistemas biológicos para produzir seus efeitos terapêuticos ou adversos. Assim, essa área envolve o estudo dos mecanismos moleculares e celulares pelos quais os medicamentos afetam as células e os tecidos.

A farmacodinâmica busca compreender como os medicamentos se ligam a seus alvos (como receptores nas células) e desencadeiam respostas biológicas específicas. Por exemplo, entender como um analgésico interage com os receptores de dor e modula a sensação de dor é um aspecto da farmacodinâmica.

Etapas da farmacocinética:

A farmacocinética estuda a ação e os efeitos dos medicamentos no organismo. Sendo assim, envolve quatro principais etapas:

1. Absorção:

Em primeiro lugar, vem a absorção. Esta é a etapa na qual acontece a entrada do medicamento na corrente sanguínea a partir do local de administração.

Nesse contexto, para odontologia a absorção é relevante quando se trata da prescrição de medicamentos, como analgésicos, para controle da dor pós-operatória. Portanto, compreender a velocidade e a extensão da absorção pode influenciar o momento ideal para iniciar o tratamento.

2. Distribuição:

Em segundo lugar, após a absorção, o medicamento é transportado para diferentes partes do corpo na etapa de distribuição.

Isso é crucial para a odontologia, pois medicamentos utilizados em procedimentos dentários devem atingir o local de ação, como a área da infecção ou inflamação. Além disso, fatores como a vascularização da região afetada podem influenciar a eficácia da distribuição.

3. Metabolismo: 

Depois disso, acontece a metabolização do fármaco. O metabolismo refere-se à transformação do medicamento em substâncias menos ativas, geralmente pelo fígado.

É valido pontuar que a variação na capacidade metabólica de cada paciente pode influenciar a dose necessária e a frequência de administração. Dito isso, conhecer esses aspectos é fundamental para evitar efeitos colaterais indesejados ou toxicidade.

4. Eliminação: 

Por fim, após o metabolismo, os resíduos do medicamento são eliminados do corpo, principalmente pelos rins.

Na odontologia, isso é relevante para pacientes que tenham problemas renais, pois a taxa de eliminação pode ser afetada, exigindo ajustes na dosagem dos medicamentos prescritos.

Aplicação da Farmacocinética na odontologia

A farmacocinética tem implicações profundas na prática odontológica, uma vez que existem muitas áreas nas quais o profissional precisará utilizá-la, como:

Prescrição de Medicamentos: 

Compreender a farmacocinética dos medicamentos permite aos dentistas selecionar a dose adequada e o intervalo de administração para obter os melhores resultados. Por exemplo, para procedimentos cirúrgicos, a administração de analgésicos deve levar em consideração a velocidade de absorção e a duração dos efeitos.

Escolha de antibióticos em infecções dentárias: 

A escolha e a dosagem de antibióticos para infecções dentárias dependem da concentração eficaz no local da infecção. Sendo assim, a farmacocinética ajuda a determinar a dosagem ideal para alcançar níveis terapêuticos e evitar resistência bacteriana.

Entender melhor as interações medicamentosas: 

Conhecer como diferentes medicamentos interagem no corpo é vital para evitar interações prejudiciais. Pacientes que estão sob medicação crônica podem precisar de ajustes nas doses, considerando, possíveis interações com medicamentos prescritos durante tratamentos odontológicos.

Medicamentos na odontologia e o papel da farmacocinética

Na prática odontológica, a seleção criteriosa de medicamentos desempenha um papel vital na garantia do sucesso dos tratamentos. Dessa maneira, compreender como esses medicamentos interagem com o organismo é essencial para fornecer alívio da dor, controlar infecções e assegurar uma recuperação tranquila após procedimentos.

A interligação entre farmacocinética e farmacodinâmica desempenha um papel significativo na otimização da eficácia e segurança desses medicamentos. 

  • Anestésicos locais: Administrados para reduzir a percepção da dor associada a procedimentos odontológicos. Seu mecanismo de ação envolve a interação com canais de sódio, bloqueando a condução dos estímulos nervosos. São cruciais para procedimentos como extrações dentárias.
  • Anestésicos gerais e óxido nitroso: Utilizados para alívio da dor e controle da ansiedade durante intervenções odontológicas.
  • Anti-Inflamatórios não esteroidais (AINEs): Ligam-se a enzimas ciclo-oxigenase (COX), inibindo-as. Possuem propriedades antipiréticas, anti-inflamatórias e analgésicas. COX2 inibidores apresentam menor risco gastrointestinal.
  • Corticosteroides: atuam como analgésicos e anti-inflamatórios.
  • Antibióticos: Penicilinas, cefalosporinas, tetraciclinas, aminoglicosídeos, entre outros. Usados no tratamento de infecções bacterianas.
  • Anti-Sépticos: Tratamento da placa bacteriana e gengivite.
  • Medicamentos Antifúngicos: Tratamento da candidíase oral.

Quais as vias de administração da farmacocinética?

Existem várias vias de administração pelas quais os medicamentos podem entrar no corpo. Algumas das vias de administrações mais comuns:

1. Oral 

Nesta via, o medicamento é ingerido pela boca e passa pelo trato gastrointestinal. É uma das vias mais convenientes e amplamente utilizadas. Os medicamentos ingeridos são absorvidos pelo trato digestivo e entram na corrente sanguínea.

2. Intravenosa 

Nesta via, o medicamento é administrado diretamente na corrente sanguínea por meio de uma veia. Isso proporciona uma absorção rápida e completa, uma vez que o medicamento é administrado diretamente na circulação.

3. Intramuscular 

Os medicamentos administrados por via intramuscular são injetados nos músculos. A absorção ocorre através dos capilares sanguíneos dos músculos, resultando em uma absorção mais lenta em comparação com a via intravenosa.

4. Subcutânea 

Nesta via, o medicamento é injetado abaixo da pele, na camada de tecido adiposo. A absorção é gradual e constante, uma vez que o medicamento é liberado lentamente no sistema circulatório.

5. Intradérmica:

 Esta via envolve a administração de medicamentos na camada superficial da pele. Dessa maneira, profissionais utilizam frequentemente para testes de alergia ou para administração de pequenas quantidades de substâncias, como vacinas.

6. Transdérmica: 

Nos medicamentos administrados através da pele, utilizam-se adesivos ou cremes. Isso permite que a absorção aconteça gradualmente ao longo do tempo.

7. Inalatória:

Nesta via, os medicamentos são inalados pelos pulmões, permitindo uma absorção rápida e direta na corrente sanguínea.

8. Retal: 

Alguns medicamentos são administrados através do reto, como supositórios, para absorção pela parede retal e entrada na corrente sanguínea.

É importante pontuar que cada via de administração tem suas próprias características de absorção, distribuição e metabolismo, o que influencia como o medicamento atua no corpo. A escolha da via de administração depende da rapidez necessária na ação, da condição do paciente e de outros fatores clínicos.

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