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Doenças odontológicas

Fratura condilar: tudo que você precisa saber!

Fratura condilar

Publicado por

Alice Miranda

A fratura condilar é uma das lesões mais comuns e complexas do complexo maxilofacial, correspondendo a aproximadamente 25% a 40% das fraturas mandibulares.

Como o côndilo mandibular desempenha um papel fundamental na mastigação, na deglutição, na fala e na harmonia facial, sua fratura pode resultar em alterações funcionais e estéticas significativas.

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Portanto, este artigo visa fornecer um guia abrangente sobre as fraturas condilares, abordando sua classificação, sintomatologia, tratamento clínico e cirúrgico, além das complicações associadas e da reabilitação pós-operatória. Confira!

Introdução à Fratura Condilar

A fratura condilar é uma das lesões mais desafiadoras que um dentista pode enfrentar, devido à sua complexidade e às consequências significativas para a articulação temporomandibular (ATM).

Dessa maneira, esta lesão pode resultar em dor crônica, disfunção mastigatória e alterações estéticas, impactando diretamente a qualidade de vida do paciente. Todavia, a fratura condilar pode ocorrer devido a traumas diretos, como agressões físicas, ou indiretos, como quedas e acidentes de trânsito.

Além disso, a avaliação precisa e o diagnóstico correto são cruciais para determinar o tratamento mais adequado e prevenir complicações a longo prazo.

O cirurgião bucomaxilofacial desempenha um papel vital nesse processo, utilizando uma combinação de exames clínicos e radiográficos para avaliar a extensão da lesão e planejar a intervenção necessária.

O que é a fratura condilar?

A fratura condilar, incluindo as fraturas de côndilo mandibular, ocorre quando há uma ruptura na região do côndilo mandibular, que pode resultar de traumas diretos ou indiretos.

Dessa maneira, traumas diretos podem ocorrer em agressões ou acidentes automobilísticos, enquanto os traumas indiretos são frequentemente observados em quedas, onde o impacto ocorre na região mentoniana e a força é transmitida para o côndilo, levando à fratura.

A dinâmica da fratura pode envolver deslocamento do fragmento ósseo e comprometimento da articulação temporomandibular (ATM), podendo impactar a função mastigatória, a oclusão e a harmonia facial. Sendo assim, dependendo do padrão da fratura, pode ocorrer também o encurtamento do ramo mandibular, o que pode levar a uma mordida aberta posterior e alterações na assimetria facial.

Classificação das Fraturas Condilares

As fraturas do côndilo mandibular classificam-se de diversas maneiras, incluindo sua localização, direção e grau de deslocamento:

  1. Fraturas Intra-articulares: Ocorrem dentro da cavidade articular da ATM e podem levar a alterações funcionais crônicas, como limitação do movimento mandibular e dor crônica.
  2. Fraturas Subcondilares: Localizam-se abaixo da cabeça condilar e são comuns em impactos laterais ou quedas. Entretanto, podem ou não apresentar deslocamento significativo.
  3. Fraturas Condilares Desviadas: Apresentam deslocamento parcial do fragmento fraturado, podendo impactar o movimento mandibular e gerar alterações oclusais leves.
  4. Fraturas Condilares Deslocadas: Ocorrem quando há deslocamento completo da cabeça do côndilo, geralmente resultando em maloclusão significativa e limitação de movimento.
  5. Fraturas Condilares Bilaterais: Quando ocorrem fraturas nos dois côndilos simultaneamente, há uma grande tendência ao desenvolvimento de mordida aberta anterior e dificuldade mastigatória severa.

Sintomas da Fratura Condilar

Os sintomas podem variar dependendo do tipo e gravidade da fratura, mas os sinais mais comuns incluem:

  • Dor na região da ATM, intensificada durante a mastigação e movimentos mandibulares;
  • Desvio mandibular ao abrir a boca, geralmente para o lado da fratura;
  • Dificuldade ou impossibilidade de abrir completamente a boca (trismo);
  • Mal oclusão, frequentemente com mordida aberta posterior ou mordida cruzada posterior;
  • Crepitação ou estalidos na ATM;
  • Edema e hematoma na região posterior da face e periarticular;
  • Assimetria facial progressiva em casos de fraturas não tratadas corretamente.

Além disso, fraturas na sínfise mandibular também podem apresentar sintomas semelhantes.

Diagnóstico da Fratura Condilar

Se realiza o diagnóstico da fratura condilar através de histórico clínico, exame físico e exames de imagem. Todavia, as principais ferramentas diagnósticas incluem:

  • Radiografia panorâmica: Fornece uma visão inicial da fratura, mas pode não ser suficiente para avaliar o grau de deslocamento.
  • Tomografia computadorizada (TC): É o padrão-ouro para avaliação detalhada do côndilo mandibular, permitindo uma análise tridimensional da fratura.
  • Ressonância magnética (RM): Necessária para avaliar lesões associadas à ATM, como deslocamento do disco articular.

Todavia, a revisão de literatura é fundamental para embasar os métodos diagnósticos utilizados.

Avaliação

A avaliação da fratura condilar é um passo essencial para garantir um tratamento eficaz e a recuperação do paciente. A articulação temporomandibular (ATM) é uma estrutura complexa, e qualquer lesão nessa área pode ter repercussões significativas.

Sendo assim, o processo de avaliação começa com uma anamnese detalhada, onde o profissional deve investigar o histórico do trauma, os sintomas apresentados e qualquer tratamento prévio. Em seguida, o exame físico é realizado para identificar sinais clínicos, como dor, edema, hematomas e limitações de movimento mandibular.

Os exames de imagem são fundamentais para uma avaliação completa. A radiografia panorâmica pode fornecer uma visão inicial da fratura, mas a tomografia computadorizada (TC) é o padrão-ouro para uma análise detalhada, permitindo visualizar a fratura em três dimensões.

Além disso, em alguns casos, a ressonância magnética (RM) pode ser necessária para avaliar lesões associadas à ATM, como deslocamento do disco articular.

Portanto, com essas informações, o cirurgião bucomaxilofacial pode determinar a extensão da lesão e desenvolver um plano de tratamento personalizado, seja ele conservador ou cirúrgico.

Tratamento da Fratura Condilar

O tratamento das fraturas de côndilo mandibular pode ser conservador ou cirúrgico. O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico, dependendo do tipo de fratura, grau de deslocamento e impacto funcional. A escolha do tratamento depende da classificação das fraturas de côndilo.

Tratamento Conservador

Indicado para fraturas não deslocadas ou com deslocamento mínimo. Inclui:

  • Uso de analgésicos e anti-inflamatórios;
  • Dieta pastosa para reduzir a carga mastigatória;
  • Fisioterapia para manter a mobilidade da ATM;
  • Uso de aparelhos interoclusais para estabilidade mandibular.

Tratamento Cirúrgico

Indicado para fraturas deslocadas, bilaterais sintomáticas ou com impacto funcional significativo. A fixação interna é feita com placas e parafusos de titânio.

Passo a Passo da Cirurgia

  1. Anestesia Geral: Garante imobilidade e conforto ao paciente.
  2. Acesso Cirúrgico: O acesso pode ser intraoral ou extraoral (retromandibular, submandibular ou pré-auricular).
  3. Redução da Fratura: Reposicionamento do fragmento fraturado.
  4. Fixacão Interna: Uso de placas e parafusos para estabilização.
  5. Sutura e Recuperação: Fechamento da incisão e monitoramento.

Reabilitação e Complicações

A reabilitação inclui fisioterapia e terapia miofuncional. Possíveis complicações incluem anquilose, alterações oclusais e dor crônica. Ainda, a literatura e a revisão de literatura são fundamentais para embasar as práticas de reabilitação e as possíveis complicações.

Prevenção e Educação

A prevenção e a educação são pilares fundamentais na redução da incidência de fraturas condilares. A agressão física e os acidentes de trânsito são as principais causas dessas lesões, e a conscientização sobre a importância da prevenção pode fazer uma grande diferença.

Campanhas de saúde pública podem educar a população sobre os riscos e as medidas preventivas, como o uso de cintos de segurança e a prática de direção defensiva.

Além disso, a prática de esportes e atividades físicas pode aumentar o risco de fraturas condilares. A utilização de equipamentos de proteção, como capacetes e protetores bucais, é essencial para minimizar esse risco. Profissionais de saúde e educadores devem trabalhar juntos para promover a conscientização sobre a importância da prevenção de fraturas condilares, incentivando o uso de equipamentos de proteção e a adoção de comportamentos seguros.

A educação contínua dos pacientes sobre os riscos e as medidas preventivas pode ajudar a reduzir significativamente a incidência de fraturas condilares, melhorando a saúde bucal e a qualidade de vida da população.

Sendo assim, o manejo adequado das fraturas condilares é essencial para preservar a função mandibular e evitar sequelas. Além disso, o dentista deve estar apto a diagnosticar e indicar o melhor tratamento, garantindo uma reabilitação eficiente para o paciente.

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