A gengivite, a periodontite e a cárie dentária estão entre as patologias orais mais prevalentes em humanos.
Tais infecções, quando não tratadas, podem afetar seus componentes de suporte e se espalhar sistemicamente para ossos e tecidos próximos.
Caracteriza-se como gengivite a inflamação gengival decorrente da disbiose microbiana oral, localizada na fenda subgengival dentária. Quando não tratada adequadamente pode levar a Periodontite destrutiva.
Neste artigo, falaremos sobre os tratamentos indicados para a gengivite que estão em acordo com as evidências científicas recentes, além de comprovar se há eficácia nos tratamentos caseiros.
Como curar a Gengivite?
Antes de descrever o melhor tratamento para gengivite, devemos lembrar que no ambiente bucal concentram-se as mais importantes fontes de microrganismos existentes em nosso corpo.
Gengivite e sua patogênese
Isso se deve a missão de proteção local exercida pela cavidade oral, além de sua função sistêmica contra agentes patológicos.
Entretanto, a higiene deficitária propicia ao ambiente bucal a proliferação bacteriana originando o biofilme dental, que, ao se depositar na gengiva inserida, leva o individuo a desenvolver a gengivite.
A partir disso, a patogênese da gengivite ocorre devido à predisposição do hospedeiro a disbiose, gerando graus diferenciados de gravidade desta doença.
Além disso, o envelhecimento gengival ocasiona a inflamação gengival e, quando não tratada, pode evoluir para destruição dos tecidos de suporte, evoluindo para a periodontite crônica.
Diagnóstico da gengivite
Apesar de a gengivite parecer uma patologia simples aos olhos do paciente, é importante a avaliação do profissional odontológico a fim de avaliar o tratamento indicado.
A avaliação do paciente precisa conter os hábitos de higiene e distúrbios metabólicos, por exemplo. Além disso, o tabagismo e a faixa etária são informações importantes para o melhor tratamento da gengivite.
Ademais, o profissional precisa avaliar o estado da higiene bucal, que inclui:
- Índice simplificado de higiene bucal;
- Índice de placa bacteriana existente na cavidade oral;
- Índice gengival;
- Índice periodontal;
- Índice de dentes perdidos ou cariados.
Portanto, a avaliação desses índices de saúde bucal, é complexa e deve ser realizada por dentistas.
Além disso, apenas o dentista pode avaliar corretamente o risco de doença periodontal.
Gengivite e seu tratamento
Para o tratamento da periodontite, incluindo o tratamento da gengivite, usava-se um modelo de prestação de cuidado na reparação e restauração de tecidos após o início da doença.
Entretanto, abordar preventivamente o cuidado da saúde gengival, impede intervenções terapêuticas invasivas e cirúrgicas para o cuidado bucal.
Medidas preventivas para o tratamento da gengivite
Para que medidas preventivas alcancem êxito na prevenção das doenças periodontais, incluindo a gengivite, o profissional deve adotar planejamentos personalizados.
Primeiramente, o profissional precisa individualizar os dados clínicos e fatores de vida baseado nos dados clínicos deste.
Posteriormente, ele deve estratificar os diagnósticos dos indivíduos em:
- Periodonticamente saudáveis;
- Pacientes que apresentam gengivite (mucosite);
- Pacientes que apresentam periodontite (crônica ou grave).
Além disso, o profissional deve avaliar os riscos para estados futuros.
Logo, validar metodologias de rastreamento periodontal, tornou-se um requisito fundamental para todos os pacientes devido à sua alta prevalência.
Manejo no tratamento da gengivite
A inflamação gengival é o primeiro sinal da periodontite, desse modo, a prevenção e tratamento deste, são essenciais na prevenção da periodontite.
Consequentemente, o controle e manejo de fatores de risco para a gengivite como diabetes e tabagismo, por exemplo, integram as abordagens primitivas e secundárias para evitar a periodontite e sua gravidade.
Desta maneira:
- Escovar os dentes 30 minutos após as refeições com pasta dental;
- Usar fio dental ou interdental diariamente;
- Enxaguar com colutório bucal a base de clorexidina,
Representam medidas preventivas para o desenvolvimento/ controle da gengivite.
Remoção mecânica de placa (tártaro)
A remoção mecânica do biofilme dental (tártaro), continua a ser a principal terapia para tratar a gengivite, pois, elimina o agente bacteriano causador desta inflamação.
Porém, apenas a remoção da placa bacteriana é ineficaz no tratamento da gengivite, sendo assim, a melhora da qualidade da higiene bucal, o agente terapêutico mais eficaz.
Qual o melhor anti-inflamatório para a gengivite?
Para tratar a gengivite e os sinais inflamatórios desta, primeiramente lembraremos dos sinais cardinais da inflamação que são: dor, calor, rubor, edema e perda de função.
Consequentemente, ao desencadear a cascata inflamatória, os AINES, são indicados a fim de diminuir a sensação dolorosa da gengivite.
Sendo assim, o profissional adequado para prescrever o anti-inflamatório correto é o dentista, pois, este irá avaliar qual medicamento é o mais indicado para cada paciente.
Controle com outros medicamentos
O uso de medicamentos não prescritos pelo profissional odontológico pode acarretar a piora da gengivite, portanto, sua evolução aos tecidos de sustentação, causando assim a periodontite.
Tratamentos com bicarbonato de sódio, por exemplo, intervêm na melhora da gengivite, porém não eliminam os fatores etiológicos da doença.
Além disso, remédios caseiros como solução de água e sal mornos, chá diversos, apenas o uso de água-oxigenada e óleos essenciais camuflam a inflamação aguda, elevando as chances de piora do quadro.
Todavia, estes medicamentos caseiros auxiliam apenas na manutenção gengival, de modo a diminuir a reincidência da inflamação gengival.
Em vista disso, o paciente deve estar ciente de que a automedicação com agentes químicos eficazes no controle da placa pode mascarar a doença periodontal subjacente.
Consequentemente o paciente pode desenvolver a forma mais grave de periodontite e deve buscar conselho profissional após exame gengival e periodontal.
Como curar rápido a gengivite?
Para que a cura da gengivite se dê rapidamente é necessário o paciente buscar diagnóstico e tratamento odontológico.
Além disso, incluir hábitos saudáveis de higienização e controle de desenvolvimento de placa bacteriana (tártaro), afim de manter o ambiente bucal saudável.
Logo, uma boa alimentação e estilo de vida saudáveis, como atividades físicas e anti tabagistas, auxiliam para diminuir os agravos gengivais, e em decorrência disto, o agravo periodontal.
Doenças associadas ao tratamento ineficaz e profissional gengivais.
A periodontite afeta mais de 50% da população, e suas condições grave e necrosante, 11% e 6% humanos, respectivamente.
Logo, negligenciar ou não tratar corretamente a gengivite, pode acarretar doenças sistêmicas devido à sua interação fisiológica no indivíduo.
Desta maneira, doenças autoimunes como Lúpus Eritematoso, a Psoríase, a doença de Crohn e a síndrome de Sjögren se correlacionam e predispõem o indivíduo a doenças periodontais.
Além disso, estudos recentes relacionam a má higiene bucal a predisposição de distúrbios metabólicos, representando risco de acidente vascular cerebral e endocardite bacteriana.
As doenças gengivais como a gengivite e a periodontite nas suas formas agressiva e necrosante merecem atenção do paciente.
Portanto, sua negligência e autotratamentos, sem a avaliação e diagnóstico do dentista, podem acarretar agravos bucais e sistêmicos, diminuindo a qualidade de vida e saúde do paciente.