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Josiane Codental

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Odontologia

Glândulas salivares: tudo sobre sua anatomia e função!

glândulas salivares

A glândulas salivares são responsáveis pela produção de saliva, sendo essencial para o processo de digestão e saúde bucal. A disfunção das glândulas salivares pode levar a condições como boca seca.

Sendo assim, as glândulas salivares são órgãos que apresentam uma importante função no corpo humano, devendo o dentista saber sua anatomia, funções e doenças associadas, pois esta diretamente ligada a saúde bucal dos pacientes.

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Características

As glândulas salivares são estruturas especializadas e localizadas a cada lado da face. Portanto, são as glândulas salivares, um tipo de glândulas exócrinas, as responsáveis por produzirem a saliva.

A saliva atua lubrificando boca e garganta, além de participar diretamente do processo de digestão dos alimentos. Dessa forma, essas glândulas liberam saliva em diferentes pontos da cavidade bucal.

São três os pares de glândulas salivares, sendo eles:

Glândulas parótidas

São as maiores entre essas glândulas, localizadas à frente do pavilhão auricular, responsável pela produção de grande parte da saliva necessária pelo corpo humano. A glândula parótida é responsável pela produção de saliva serosa e está localizada na cavidade oral. Ainda, apresenta linfonodos em seu interior, possuindo uma relação próxima com o nervo facial, responsável pela movimentação dos músculos da face.

Glândulas submandibulares

Estão localizadas abaixo da mandíbula, possuindo uma porção superficial e uma profunda ao músculo milo-hioide, contendo um canal único de drenagem da saliva para a boca. A glândula sublingual é a menor dentre esse tipo de glândulas e produz saliva puramente mucinosa.

Glândulas sublinguais

Presentes abaixo da língua, sendo encontradas aos pares. As glândulas salivares sublinguais estão presentes nas partes laterais do palato duro e no céu da boca. Essas glândulas produzem uma menor quantidade de saliva, entretanto apresentam função importante no início do processo digestivo. Dessa forma, elas se diferem das anteriores, pois apresenta múltiplos ductos salivares que drenam a saliva para o soalho da boca.

Glândulas salivares menores

Localizadas abaixo da mucosa da boca e faringe, principalmente pelo palato, região interna da bochecha, soalho e faringe, que completam a produção de saliva. São importantes para lubrificação do bolo alimentar, auxiliando na mastigação e deglutição. 

Glândulas salivares função

As glândulas salivares possuem como função produzir e secretar saliva. As glândulas salivares maiores, que incluem as parótidas, submandibulares e sublinguais, são responsáveis pela maior parte da produção de saliva. Sendo assim, elas atuam nessa função constantemente, mantendo a umidade na cavidade oral.

Além disso, liberam o fluxo salivar mediante estímulos, podendo ser visuais, auditivos, da memória, além do momento da alimentação, para início do processo de digestão. A saliva ajuda a proteger e lubrificar a mucosa oral.

Apesar da função das glândulas salivares ser apenas de produzir e secretar saliva, a saliva possui mais de uma função no organismo. Elas mantêm as mucosas do trato aerodigestivo alto hidratados, que garante sua vitalidade e proteção.

Além disso, possui ação direta no processo de mineralização e desmineralização dos dentes, influenciando diretamente na saúde dental.

Ao manter um bom fluxo salivar, se garante a higienização natural da boca, além de manter e equilibrar o pH bucal, prevenindo cáries e erosões dentárias.

No processo de digestão, a saliva atua digerindo os alimentos, já que possuem uma série de enzimas que atuam quimicamente no processo de digestão dos alimentos. Dentre as principais enzimas presentes na saliva estão a ptialina ou amilase salivar, que atua degradando o amido. Dessa maneira, além de possuir outras enzimas, a saliva possui uma abundância de sais minerais, dentre eles o cálcio.

Glândulas salivares inchadas

A inflamação das glândulas salivares é conhecida como sialoadenite, e é geralmente causada pela presença de algum vírus ou bactérias, cálculos salivares ou obstrução. Esta inflamação pode causar boca seca e afetar a cavidade bucal.

Além disso, dentre condições que acometem as glândulas salivares e promovem o inchaço estão a caxumba ou câncer, que forma tumores e dão a sensação de inchaço. Ainda, as obstruções podem ser por má formação, ou por pequenos pedaços de alimentos que ficam na boca por falta de higienização bucal adequada.

Tratamento para glândulas salivares inchadas

Não existe tratamento específico para inchaço nas glândulas salivares, sendo focado no alívio dos sintomas, já que a maioria das causas do problema é gerado por outras condições. O tratamento pode incluir medidas para aliviar a boca seca. Dessa forma, deve-se orientar os pacientes a:

  • Consumir uma quantidade maior de água;
  • Realizar uma higiene bucal adequada;
  • Efetuar compressas mornas;
  • Realizar massagens nas glândulas salivares;
  • Aumentar o consumo de alimentos que aumentam a produção de saliva;
  • Efetuar a prescrição de anti-inflamatórios, analgésicos e nos casos de suspeita por infecções bacterianas, encaminhar o paciente ao médico para prescrição de antibiótico devido.

Ainda, no caso de pacientes que utilizam medicamentos que impactam na produção de saliva, deve-se recomendar a reanalise com o profissional indicador do medicamento para estudar a possibilidade de substituição do medicamento ou administração de menor dosagem.

Entretanto, nos casos crônicos, é possível tratamento multidisciplinar com análise da necessidade da retirada cirúrgica das glândulas para o tratamento da sialoadenite.

Câncer nas glândulas salivares

Cerca de 85% dos tumores das glândulas salivares ocorrem na glândula parótida, seguido pelas glândulas submandibulares e glândulas salivares menores, acometendo cerca de 1% as glândulas sublinguais.

Entretanto, cerca de 75 a 80% são nódulos solitários benignos, que possuem crescimento lento, móveis, indolores, localizados sob pele ou mucosa sadia. Quando císticos, às vezes se apresentam moles, porém são frequentemente firmes.

Tumores benignos

São vários os tipos de tumores nas glândulas salivares, dentre eles adenomas pleomórficos são os mais comuns. A glândula parótida é frequentemente afetada por tumores benignos. Além disso, dentre os tumores benignos são comuns cistoadenoma papilar linfomatoso, oncocitomas e dos adenomas.

Tumores benignos com potencial maligno

Alguns tumores podem sofrer transformações malignas, normalmente ocorrendo após a presença do tumor entre 15 e 20 anos. A glândula parótida pode ser afetada por tumores que se transformam em malignos. Todavia, após a degeneração maligna de um adenoma pleomórfico, fica conhecido como carcinoma ex-adenoma pleomórfico. Quando esse processo ocorre é comum os tumores metastatizar, se tornando um tumor altamente agressivo e com taxas de cura muito baixas, independente do tratamento.

Tumores malignos nas glândulas salivares

Outros tumores malignos são menos comuns, podendo ser caracterizados por um crescimento rápido ou abrupto. Possuem um aspecto firme, nodular e podem se fixar às estruturas adjacentes, normalmente possuindo contornos mal definidos. Entretanto, pode correr ulceração da pele ou da mucosa subjacente, além de acometimento dos tecidos adjacentes.

Dentre os tumores malignos mais comuns nas glândulas salivares está o carcinoma mucoepidermoide, que atinge pacientes entre 20 e 60 anos. Dessa maneira, é um tumor que se manifesta em qualquer glândula salivar, sendo mais comum na parótida ou submandibular. A glândula parótida é frequentemente afetada por tumores malignos. Todavia, são tumores intermediários e de alto grau, podendo causar metástases para os gânglios linfáticos regionais.

Além disso, o carcinoma de células acinares, tumor usual de parótida, acometendo pacientes entre 40 e 50 anos.

Sintomas

A maioria dos tumores nas glândulas salivares, independente de serem malignos ou benignos, se manifestam inicialmente como uma massa indolor. A glândula parótida é frequentemente afetada por sintomas de tumores. Entretanto, os tumores malignos também podem invadir nervos, o que gera dor local ou regional, parestesia, dor intensa em queimação e até perda da função motora.

Concluindo, as glândulas salivares possuem um grande impacto na saúde bucal, devendo o dentista se atentar para as comorbidades que impactam esse órgão, assim como seu correto funcionamento, encaminhando o paciente para uma equipe médica especializada no caso de suspeita da presença de condições médicas.

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