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Josiane Codental

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Doenças odontológicas

Maxilar deslocado: saiba tudo sobre!

maxilar deslocado

O maxilar deslocado é um problema que atinge alguns pacientes, sendo derivado do deslocamento da ATM (articulação da mandíbula), fazendo com que a parte arredondada do osso mandibular, o côndilo, se mova, resultando em desconforto e dor, além do endurecimento da mandíbula, o que dificulta falar e abrir a boca.

Vários são os motivos que podem levar o paciente ao deslocamento do maxilar, como abrir muito a boca para bocejar, procedimentos odontológicos, problemas na articulação temporomandibular, dentre outros.

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O deslocamento do maxilar é um problema recorrente, sendo necessária uma técnica correta de posicionamento do maxilar, e em casos mais graves, cirurgia. Portanto, deve-se conhecer a fundo sobre esse problema! Confira.

Causas que levam ao deslocamento do maxilar

O deslocamento do maxilar ocorre quando a articulação temporomandibular (ATM) é comprometida por fatores que afetam sua funcionalidade ou alinhamento.

Dentre as principais causas estão traumas e lesões, podendo levar ao desalinhamento ou até mesmo a fraturas ósseas.

Ademais, movimentos excessivos ou abruptos, também podem forçar a articulação além de seus limites, aumentando o risco de deslocamento, especialmente em pessoas com fragilidade ou instabilidade na ATM.

Disfunções da ATM, como inflamações, desgaste do disco articular ou artrite, são outras causas frequentes, pois comprometem o alinhamento do maxilar devido ao uso excessivo ou irregular da articulação.

Além disso, a má oclusão dentária, caracterizada por um encaixe inadequado entre os dentes superiores e inferiores, pode sobrecarregar a ATM durante a mastigação e contribuir para o desalinhamento, principalmente em casos de mordida cruzada, aberta ou prognatismo.

Condições congênitas ou genéticas também desempenham um papel significativo. Exemplos incluem a síndrome de Pierre Robin e outros distúrbios que afetam o desenvolvimento ósseo.

Ainda, o bruxismo, que envolve ranger ou apertar os dentes, exerce uma pressão contínua sobre a articulação, assim como outros hábitos parafuncionais, como mascar chiclete em excesso, roer unhas ou morder objetos duros, que também podem sobrecarregar a ATM.

Procedimentos odontológicos ou médicos que exigem a abertura prolongada da boca, como tratamentos dentários ou cirurgias, podem causar deslocamento em pessoas com articulações instáveis.

Outro problema comum que leva ao maxilar deslocado é o envelhecimento e o desgaste natural da ATM ao longo do tempo.

Além disso, infecções ou inflamações próximas à ATM podem comprometer a estabilidade da articulação, enquanto o estresse emocional e tensões musculares frequentemente levam ao apertamento mandibular inconsciente.

Fatores de risco adicionais incluem histórico familiar de problemas na ATM, má postura, uso inadequado de aparelhos dentários ou próteses mal ajustadas.

Riscos

O deslocamento do maxilar pode trazer uma série de riscos e complicações à saúde se não tratado adequadamente. Dependendo do grau de deslocamento, as consequências podem variar de desconfortos leves a problemas funcionais mais graves. Sendo assim, os principais riscos associados ao maxilar deslocado são:

Dores crônicas

O desalinhamento do maxilar pode causar sobrecarga na articulação temporomandibular (ATM), resultando em dores persistentes na face, mandíbula, pescoço e até nas costas.

Além disso, pode levar a disfunção temporomandibular (DTM), que incluem dores ao abrir a boca ou ao mastigar.

Dificuldade na mastigação

O desalinhamento pode afetar o encaixe correto dos dentes (oclusão), dificultando a mastigação e levando ao desgaste desigual dos dentes. Ademais, alimentos mal triturados podem impactar a digestão.

Problemas respiratórios

Em casos mais graves, o deslocamento pode afetar a passagem de ar, levando a apneia obstrutiva do sono ou dificuldade para respirar, especialmente à noite.

Alterações na fala

O desalinhamento do maxilar pode comprometer a articulação das palavras, causando dificuldade na fala e alterações na pronúncia.

Desgaste dental

Um encaixe inadequado pode causar desgaste excessivo nos dentes, fraturas e aumento do risco de cáries e problemas periodontais.

Dores de cabeça e enxaquecas

A tensão causada pelo desalinhamento pode irradiar para músculos faciais e cranianos, resultando em dores de cabeça frequentes.

Problemas estéticos

O deslocamento pode alterar o formato do rosto, resultando em assimetria facial, o que pode afetar a autoestima e o bem-estar emocional.

Deslocamento recorrente

Em casos não tratados, o maxilar pode deslocar-se com maior frequência, tornando-se uma condição crônica e mais difícil de corrigir.

Complicações na articulação temporomandibular (ATM)

O desgaste do disco articular, inflamação e desenvolvimento de artrite na ATM são riscos associados ao deslocamento prolongado.

Infecções ou inflamações

Em casos em que o deslocamento ocorre por trauma ou pancadas, pode haver risco de infecções associadas, especialmente se houver lesões nos tecidos moles ou fraturas.

Sintomas do maxilar descolado

O deslocamento do maxilar pode causar uma série de sintomas que variam em intensidade, dependendo do grau de desalinhamento, da causa subjacente e da duração do problema. Dessa maneira, esses sintomas afetam geralmente a articulação temporomandibular (ATM) e os tecidos ao redor, comprometendo a funcionalidade da mandíbula e gerando desconforto significativo.

Entre os principais sinais, a dor é o sintoma mais comum. Entretanto, ela pode ser localizada na ATM, próxima ao ouvido, e frequentemente irradia para outras regiões, como face, pescoço, ombros e cabeça. Essa dor geralmente se intensifica ao abrir ou fechar a boca, especialmente durante atividades como mastigar ou falar.

Outro sintoma recorrente é a dificuldade para abrir ou fechar a boca. Muitas vezes, a mandíbula pode parecer “presa” ou “desencaixada”, limitando os movimentos ou travando em uma posição anormal. Dessa maneira, esse travamento é frequentemente acompanhado por estalos ou ruídos, como cliques ou rangidos, ao movimentar o maxilar. Esses sons podem ser audíveis e, em alguns casos, dolorosos.

O inchaço ou a sensibilidade ao redor da articulação também são comuns, assim como uma sensação de rigidez ou tensão muscular na região mandibular.

Além disso, dificuldades na mastigação são frequentes, com a sensação de que os dentes não se encaixam corretamente ao fechar a boca. Dessa forma, esse desalinhamento pode interferir na fala, dificultando a articulação das palavras e alterando o padrão vocal.

Sintomas adicionais incluem zumbido ou dor nos ouvidos devido à proximidade da ATM com o sistema auditivo. Alguns pacientes também relatam dores de cabeça ou enxaquecas frequentes, decorrentes do esforço excessivo dos músculos da mandíbula. Ademais, em casos mais graves, podem ocorrer tontura, náusea e até dificuldades respiratórias, especialmente durante o sono, devido ao impacto nas vias aéreas.

Cirurgia

A cirurgia para correção de um maxilar deslocado é geralmente indicada em casos em que há alterações severas na posição da mandíbula ou maxila, que podem impactar a funcionalidade e a estética do rosto. Essas condições podem causar problemas na mastigação, fala, respiração e dores na articulação temporomandibular (ATM), além de desconfortos estéticos.

Quando a cirurgia é indicada?

A cirurgia pode ser necessária nos casos em que o desalinhamento não pode ser corrigido apenas com tratamentos conservadores, como aparelhos ortodônticos ou terapias para a ATM.

Dessa forma, as indicações cirúrgicas mais comuns são devido ao desalinhamento grave entre a maxila e a mandíbula; dor crônica ou dificuldade funcional na mastigação, respiração ou fala e por questões estéticas que afetam a harmonia facial.

Tipos de cirurgia para maxilar deslocado

As cirurgias realizadas para corrigir o maxilar deslocado fazem parte da cirurgia ortognática, que reposiciona a mandíbula, maxila ou ambos. Todavia, existem alguns tipos dessa cirurgia, sendo elas:

  • Osteotomia mandibular: indicada quando a mandíbula está muito avançada ou recuada.
  • Osteotomia da maxila: corrige posicionamentos inadequados do maxilar superior, como projeção excessiva ou retração.
  • Cirurgia bimaxilar: reposiciona tanto a mandíbula quanto a maxila, indicada em casos de desalinhamento severo entre os dois.
  • Cirurgia para ATM: para corrigir deslocamentos relacionados à articulação temporomandibular, especialmente se o problema for causado por um disco deslocado ou outro dano estrutural.

Como é realizada a cirurgia?

Todas as cirurgias realizadas para o deslocamento de maxilar são feitas com anestesia geral, com incisões dentro da boca, o que minimiza as cicatrizes visíveis, resultando em uma boa estética.

Em seguida, os ossos são reposicionados e fixados com placas e parafusos de titânio. O tempo médio de cirurgia irá variar conforme a complexidade de casa caso, tendo uma duração média de 2 a 4 horas.

Para esse tipo de cirurgia, o paciente fica normalmente internado de 1 a 2 dias. Além disso, após a cirurgia se recomenda dieta líquida/pastosa durante as primeiras semanas, até a cicatrização inicial, uso de elásticos ou dispositivos para estabilização da mordida.

Dessa forma, a recuperação completa do paciente dura geralmente entre 3 e 6 meses, sendo necessário orientar o paciente sobre o inchaço pós-cirúrgico, que irá diminuir progressivamente.

Nesses casos, quando realizado o pós-operatório adequadamente a cirurgia traz vários benefícios, como melhoria na funcionalidade da mastigação, fala e respiração; redução das dores na ATM, melhora a estética facial e traz harmonia do perfil; além de levar melhorar a qualidade de vida e aumento da autoestima do paciente.

O maxilar deslocado é um problema muito sério e deve ser tratado com total atenção, pois pode gerar sérias consequências aos pacientes. Portanto, ao identificar a condição deve-se estudar a melhor forma de tratamento, visando solucionar o problema e devolver qualidade de vida aos pacientes.

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