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Josiane Codental

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Doenças odontológicas

Micose na boca: tudo que você precisa saber!

Micose na boca

Atender pacientes com micose na boca não é algo raro de acontecer nos consultórios odontológicos. A presença de fungos na boca traz muito desconforto aos pacientes, que procuram os dentistas buscando tratar a doença e seus sintomas associados. 

Pensando nisso, este artigo busca sanar todas as dúvidas em relação ao surgimento de micose na boca, assim como explorar os diversos tipos existentes, aprofundar na prevenção, diagnóstico e tratamento. 

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Micose na boca: o que é?

O termo micose tem origem grega e significa “fungo”. Logo, uma micose na boca nada mais é que uma lesão causada por fungos, que pode atingir céu da boca, língua, gengiva, interior da bochecha e garganta. 

Se faz necessário pontuar que os fungos são organismos complexos e sua presença não necessariamente significa algo negativo. Exitem fungos benéficos, como exemplo tem-se aqueles responsáveis por fermentar o açúcar que faz a massa do pão crescer e também aqueles utilizados na produção de queijos. 

Além disso, sua presença na cavidade oral não significa uma micose, uma vez que a presença desses geralmente é inofensiva e normal. 

Dito isso, a micose na boca se caracteriza pelo crescimento descontrolado de fungos, sendo o fungo mais comum o Candida Albicans, que causa a Candidíase oral

Principais sintomas da micose na boca: 

Orientar os pacientes em relação aos principais sintomas da micose, se faz importante, uma vez que quanto mais rápido diagnosticado, mais rápida será a intervenção e o sucesso do tratamento. 

Presença de placas brancas:

As manchas causadas por fungos não seguem um padrão, mas geralmente se caracterizam por placas esbranquiçadas na boca, que podem ser de diferentes tamanhos com consistência cremosa. 

Mau hálito:

Outro sintoma muito comum que na maioria das vezes significa algum desequilíbrio na mucosa oral é a presença insistente de mau hálito. Mesmo após escovar os dentes, caso exista um crescimento descontrolado de fungos, o paciente apresentará mau cheiro na boca. 

Sangramento:

Alguns pacientes podem ter um sangramento nas regiões esbranquiçadas no momento da escovação, pois a inflamação pode acabar deixando a mucosa mais frágil e sensível. 

Queimação:

Também relacionada a uma maior sensibilidade da mucosa, outro sintoma comum é a sensação de queimação. Os fungos causarão irritação e, somado a isso, as feridas ficam em contato constante com língua e dentes, causando atrito que aumenta ainda mais a sensibilidade e, consequentemente a sensação de ardor. 

Perda de paladar:

A perda de paladar é um sintoma comum, consequência dos demais citados. Devido à dor, queimação e desconforto, muitos pacientes podem ter a diminuição ou perda de paladar. 

Além disso, infecções mais graves podem afetar as papilas gustativas, interferindo no sabor dos alimentos. Nesses casos, o paciente pode relatar não sentir muito bem o sabor ou sentir persistentemente um sabor amargo, o que favorece ainda mais a perda de apetite. 

O que provoca micose na boca? 

Bom, já se sabe que a micose se caracteriza pelo crescimento descontrolado de fungos, mas o que provoca isso? 

Uso de antibióticos: 

O crescimento descontrolado dos fungos podem ser resultados de um desequilíbrio entre a quantidade de microrganismos saudáveis na boca. E, o uso de alguns antibióticos de largo espectro podem ser os responsáveis. 

Sendo assim, o profissional responsável pode detectar a causa da infecção em uma anamnese em que o paciente relata o uso de determinados antibióticos. 

Sistema imunológico enfraquecido:

O sistema imunológico tem um papel crucial no combate a infecções. Logo, quando comprometido, como em casos de pacientes em quimioterapia, em uso de imunossupressores ou com doenças como HIV e diabete, as chances dos fungos se multiplicarem são significativamente maiores. 

Por isso, inclusive, as infecções fúngicas são muito comuns em bebês, uma vez que o seu sistema imunológico ainda não está completamente formado. 

Estresse: 

Não se considera o estresse como uma causa direta da micose na boca. Porém, pacientes com rotinas muito estressantes tendem a ter um sistema imunológico mais alterado, o que contribui diretamente para crescimento dos fungos.

Higiene oral inadequada:

Uma higiene oral inadequada propicia o crescimento de fungos, pois o acúmulo de resto de alimentos, bactérias e células mortas formam placas que representam um ambiente propício para proliferação. 

Micose na boca de bebê:

Micose em bebês

Os bebês são um dos grupos mais afetados pelos fungos na boca. 

O sapinho ou candidíase oral surge muito em bebês, principalmente nos primeiros 6 meses de vida, momento em que o sistema imunológico continua imaturo. 

Nesse caso, o bebê apresenta muita irritação, principalmente no momento da alimentação, devido às dores e desconforto causado pela infecção. Dessa forma, essa agitação e irritação exacerbada costuma ser um dos principais sinais de alerta. 

Apesar de super desconfortável, o sapinho não representa muito risco ao bebê, sendo uma das maiores consequências a perda de peso devido ao desconforto na alimentação. Porém, existem casos em que a infecção pode se espalhar para outras partes do corpo, agravando o caso e exigindo um tratamento mais especializado. Por isso, recomenda-se procurar um profissional rapidamente após a suspeita.

Por fim, para evitar o surgimento de uma micose na boca do bebê se faz necessários alguns cuidados, como:

  • esterilizar brinquedos que o bebê leva à boca, além das chupetas;
  • higienizar as mãos antes de pegar o bebê;
  • manter uma boa higiene oral do bebê;
  • manter a higiene da mama caso o bebê esteja amamentando, evitando umidade e acúmulo de resíduos de leite.

Como eliminar fungo da boca? 

Após o diagnóstico, cabe ao dentista tratar essa micose eliminando esse excesso de fungos na boca. 

Dito isso, o tratamento de micose se baseia no uso de antifúngicos, que podem ser de uso tópico, como pomadas ou em forma de comprimidos.  

A duração do tratamento varia conforme a gravidade, mas tem em média 14 dias. Dito isso, é de extrema importância que o profissional oriente o tempo necessário e a importância de seguir essa recomendação.  

Muitos pacientes acabam interrompendo o tratamento antes, por acharem que a doença já foi combatida com a diminuição ou até sumiço dos sintomas, porém os fungos podem estar presente em menores quantidades e interromper o tratamento pode significar complicações. 

Além dos antifúngicos, em alguns casos o profissional responsável também pode recomendar fármacos analgésicos para diminuição do desconforto e também medicamentos para melhora do sistema imunológico.

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