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Josiane Codental

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Odontologia

Nervo alveolar: tudo que você precisa saber!

Nervo alveolar

Nervo alveolar é o nome dado aos nervos considerados coadjuvantes da região bucal, porém, representam grande importância na prática odontológica.

A importância da boca na prática odontológica é destacada pela relação com o nervo alveolar inferior, que transmite sensações essenciais para a saúde bucal. O conhecimento afundo dos nervos alveolares permite que procedimentos sejam realizados com maior segurança e evita dados a sensibilidade do paciente.

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Pensando nisso, este artigo tem como principal objetivo trazer considerações anatômicas e para prática clínica desses nervos.

A anatomia dos nervos alveolares: 

Anatomia

Para entender a aplicação clínica dos nervos alveolares, se faz necessário pontuar as principais considerações anatômicas.

Dessa forma, então, primeiramente, se faz necessário relembrar o nervo trigêmeo. Este é o quinto dos doze nervos cranianos e tem três principais ramos, sendo: nervo oftálmico, o nervo maxilar e o nervo mandibular, denominados para facilitar a compreensão de V1, V2 e V2, respectivamente.

O nervo trigêmeo é responsável pela inervação sensitiva dos dentes e estruturas da mandíbula.

Dito isso, cada nervo alveolar tem como origem um ramo do nervo trigêmeo. Os nervos alveolares superiores são ramos do V2, ou seja, do ramo maxilar. Estes serão responsáveis por inervar os dentes superiores e também são divididos em três ramos: nervo alveolar superior anterior, médio e posterior.

Já o nervo alveolar inferior é um ramo do nervo V3. Ele desce através da mandíbula entrando no forame mandibular, percorrendo o canal mandibular para inervar os dentes inferiores e ao longo de seu trajeto, emite pequenos ramos para as raízes dos dentes. Este nervo tem grande importância para odontologia quando se trata de anestesia, como veremos mais a frente. O nervo alveolar inferior continua como nervo incisivo, crucial para a inervação dos dentes incisivos e da região anterior da mandíbula.

Nervos alveolares superiores

Após relembrar a anatomia dos nervos alveolares é importante conhecer suas principais funções. 

O nervo alveolar superior posterior (PSA) é responsável por inervar os molares superiores. Porém, um ponto muito importante para prática clínica a ser destacado é que vários estudos de dissecação vem mostrando variações nos padrões de inervação do primeiro molar. Ou seja, se faz necessário um cuidado quando se deseja anestesiar este dente. Mas também inerva a membrana mucosa do seio molar

Além disso, o nervo alveolar anterior tem um pequeno ramo que se comunica com o alveolar superior médio (AMS), para suprir uma pequena área da parede lateral e no assoalho do nariz. Também fornece inervação sensorial para o ligamento periodontal, tecido pulpar e gengiva. 

Já em relação ao nervo superior médio, quando presente, desce ao longo da parede lateral do seio maxilar onde inerva o primeiro e segundo pré-molares. Porém, na sua ausência, é o PSA quem fornece a inervação para a região pré-molar. 

Por fim, o nervo alveolar anterior desce pela parte anterior da maxila e emite ramos que inervam dentes incisivos (centrais e laterais), caninos superiores e também o seio maxilar. Quando se fala de prática clínica, um ponto importante a ressaltar em relação a esse nervo está na sua principal função: transmitir dor e temperatura da região superior dos dentes. Ou seja, tem grande relevância quando se trata de detecção de cáries, traumas dentários e infecções. 

Nervo alveolar inferior:

Nervo alveolar inferior

O nervo alveolar inferior é um ramo oriundo da divisão do ramo mandibular, que origina também os nervos auriculotemporal e lingual. Este é formado por fibras sensitivas e motoras, classificado como sensitivo somático.

O ramo inferior e seus ramos terminais, serão responsáveis por inervar a mandíbula, queixo, lábio inferior e dentes mandibulares. Dito isso, na prática clínica, a importância desse nervo está na aplicação de anestesia local em casos de restaurações de dente da arcada dentária inferior e também na sua relação com possíveis traumatismos após extrações, principalmente de terceiros molares.

Para garantir uma anestesia completa e eficaz na hemi-mandíbula, é essencial incluir o bloqueio do nervo bucal, que anestesia a gengiva e mucosa da região bucal durante a execução do bloqueio do nervo alveolar inferior.

Essa lesão traumática pode ser leve ou mais complexa, gerando alterações na sensibilidade, com formigamento ou parestesia da região do lábio inferior e queixo, e também das funções motoras.

Principais causas de lesões do nervo alveolar inferior:

Devido a sua posição, a lesão do nervo alveolar inferior não é algo incomum de acontecer nos consultórios odontológicos. A sua lesão pode levar a redução permanente da sensibilidade da região e das funções motoras, dificultando funções orais básicas do paciente, como falar, engolir e mastigar.

Lesões no nervo alveolar inferior podem resultar em problemas como parestesia temporária ou permanente. Portanto, é crucial adotar tratamentos e cuidados preventivos para evitar tais complicações na saúde bucal.

Por isso, se faz necessário compreender as principais causas, sendo elas:

Traumas:

Como foi dito, esse nervo, geralmente, está muito relacionado com traumas faciais ou mandibulares, que podem comprimir ou causar um estiramento do nervo. 

Quando acontece uma ruptura total, aparecem hemorragias e edemas na região. 

Tumores ou cistos na mandíbula:

No caso de tumores, quando ele se expande, pode acabar comprimindo o nervo, o que causará lesão e dor, por causar danos às fibras sensitivas. Além disso, podem também desenvolver cistos, que causarão lesão ao nervo. 

Procedimentos cirúrgicos:

Sem dúvidas, quando se fala de procedimentos cirúrgicos odontológicos, uma das principais funções do dentista responsável está em não lesionar nervos. 

Nesse sentido, a lesão do nervo alveolar inferior pode acontecer após extrações dentárias inadequadas, principalmente, dos sisos. Mas também pode acontecer após colação de implantes, cirurgias para corrigir deformidades ou fraturas faciais. 

Como fator de risco para parestesia do nervo após extrações de molares inferiores, tem-se:

  • idade avançada
  • nível de dificuldade do procedimento
  • proximidade entre o dente e o canal mandibular 

Erros na anestesia

Não somente durante cirurgias, mas em outros procedimentos no consultório, alguns profissionais optam por anestesiar a nervo alveolar inferior. E, quando mal administrada, pode tirar a função principal do nervo, que é conferir sensibilidade a região mandibular. 

Como evitar machucar o nervo?

Primeiramente, uma das principais formas de evitar causar uma lesão nos nervos alveolares é ter um grande domínio sobre a anatomia dental. Apesar de em alguns casos ser possível presenciar alterações no trajeto, a incidência é relativamente pequena, de 10%. Sendo assim, o conhecimento anatômico evitará erros que podem lesionar o nervo. 

Somado a isso, o dentista também pode prever a proximidade dos dentes e o canal mandibular mediante sinais na radiografia, como:

  • desvio do canal em direção aos ápices radiculares;
  • presença de um escurecimento na região das raízes;
  • interrupção da lâmina dura dos dentes.

Logo, antes de procedimentos cirúrgicos, a avaliação de uma radiografia panromânica para detectar a posição e esses sinais pode reduzir os índices de perda de sensibilidade dos nervos. 

Além disso, caso seja detectado uma proximidade dos dentes e o canal mandibular, uma tomografia computadorizada também deve ser solicitada para redução de erros. 

Por fim, em casos de osteotomia, utilizar brocas de alta rotação e muita refrigeração auxilia para ter um amplo campo de visão e realizar um procedimento com sucesso. 

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