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Josiane Codental

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Doenças odontológicas

Nervo hipoglosso: tudo que você precisa saber!

Nervo hipoglosso

O nervo hipoglosso é muito importante na medicina e odontologia, já que é responsável pelo controle dos músculos da língua. 

O corpo humano possui doze pares de nervos cranianos, sendo o hipoglosso o décimo segundo entre eles e ligado a cavidade bucal. 

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Nervo hipoglosso 

O último par craniano de nervos, o XII, é o Nervo Hipoglosso. Este nervo motor origina-se no encéfalo, especificamente no sulco lateral anterior do bulbo, e emerge do crânio através do canal do hipoglosso. Após atravessar o canal, ele segue até o ângulo da mandíbula e se estende para a frente, sob a língua, para desempenhar suas funções.

O Nervo Hipoglosso possui vários ramos: meníngeos, descendente, tireo-hioideo e musculares. Os ramos meníngeos enviam fibras para a dura-máter da fossa posterior. O ramo descendente se conecta ao músculo omo-hioideo e depois se une a um ramo comunicante descendente de C2 e C3, formando a alça do hipoglosso.

Esta alça inerva os músculos esterno-hioideo e esternotireóideo. O ramo tireo-hioideo supre o músculo tireo-hioideo, enquanto os ramos musculares inervam a musculatura da língua.

A principal função do Nervo Hipoglosso é a inervação dos músculos extrínsecos (exceto o palatoglosso, inervado pelo nervo vago) e intrínsecos da língua, permitindo o controle motor da língua.

Os músculos intrínsecos, que incluem o longitudinal superior, longitudinal inferior, transverso e vertical, são responsáveis por encurtar, estreitar e achatar a língua. Eles desempenham um papel crucial na fala, deglutição e alimentação.

Os músculos extrínsecos, como o genioglosso, estiloglosso e hioglosso, são responsáveis pela movimentação da língua. O genioglosso deprime (abaixa) a parte central da língua e a projeta para fora da boca. O hioglosso também deprime a língua, enquanto o estiloglosso retrai a língua e eleva o seu dorso. Todos esses oito músculos são inervados pelo Nervo Hipoglosso, destacando a importância fundamental desse nervo.

Função 

Nervo hipoglosso

O nervo hipoglosso é o responsável por controlar os músculos da língua, divididos em extrínsecos e intrínsecos. Os músculos extrínsecos incluem o genioglosso, o hioglosso, o estiloglosso, o gênio-hioideo e o tiro-hioideo. Eles começam fora da língua e se conectam a ela, ajudando a mover a língua.

Já os músculos intrínsecos, como o longitudinal superior e inferior, o transversal e o vertical, estão inteiramente dentro da língua e são os responsáveis por mudar sua forma.

Esses músculos são essenciais para a fala, a deglutição e a mastigação, além de manter a língua na posição correta e evitar que a base da língua colapse, o que poderia bloquear as vias aéreas.

É importante mencionar que o único músculo da língua que não é controlado pelo nervo hipoglosso é o palatoglosso, que também é um músculo extrínseco.

Nervo hipoglosso lesão

As lesões no nervo hipoglosso são facilmente observadas, uma vez que em sua presença ocorre a paralisação de um lado da língua. Sendo assim, o resultado da lesão é percebido através do exame semiológico do XII, já que ao realizar a protusão da língua, essa se desviará para o lado da lesão. 

Entretanto, durante o repouso da língua, é possível observar um desvio contralateral à lesão. Nos casos de avaliação de força, o paciente consegue pressionar a língua contra a bochecha do lado em que se encontra a lesão, mas não consegue efetuar o mesmo contra a bochecha do lado normal.

Ainda, nas lesões unilaterais, o paciente pode apresentar dificuldade em manipular os alimentos na boca e dificuldade em movimentos rápidos da língua.

Causas de doenças no nervo hipoglosso

Várias são as causas de doenças no nervo hipoglosso, dentre elas estão:

  • Anormalidades ósseas ou tumores na base do crânio;
  • Aneurisma em uma artéria na base do cérebro;
  • Acidente Vascular Cerebral (AVC);
  • Infecção no tronco cerebral;
  • Lesões no pescoço, como a retirada cirúrgica da obstrução de uma artéria no pescoço;
  • Doença de Lou Gehrig.

Sintomas

Como a língua acaba por se enfraquecer em um dos lados afetados, essa acaba por atrofiar. Dessa maneira, os pacientes afetados acabam por adquirirem dificuldade de fala, mastigação e deglutição.

Ainda, a lesão devido à esclerose lateral amiotrófica resulta em movimentos minúsculos e repentinas contrações na superfície lingual.

Diagnóstico

O diagnóstico das disfunções do nervo hipoglosso é predominantemente clínico, envolvendo a avaliação do volume, força, motricidade e destreza da língua através do uso de abaixadores, palpação das bochechas e movimentação ativa da língua, com ou sem resistência por parte do avaliador. 

No entanto, exames de imagem também são importantes para identificar possíveis causas subjacentes. A ressonância magnética é considerada o padrão-ouro, sendo ideal para detectar tumores, aneurismas, AVC e outras anomalias ósseas e cerebrovasculares. 

Adicionalmente, a punção lombar seguida da análise bioquímica do líquido cefalorraquidiano pode ajudar a identificar etiologias relacionadas a neoplasias e infecções do tronco encefálico.

Teste para avaliação do nervo hipoglosso

Os testes para avaliar o nervo hipoglosso é muito importante para avaliar a força, volume e movimentação da língua. 

Sendo assim, para avaliar o nervo hipoglosso deve-se solicitar o paciente para abrir a boca, e examinar inicialmente a boca em repouso, observando se ocorrem fasciculações ou demais alterações. 

Em seguida, o paciente deve ser orientado a colocar a língua para fora, mobilizando-a para os lados, para baixo e para cima, de forma lenta e rápida, verificando os músculos extrínsecos.

Por último, deve-se solicitar que o paciente faça força na bochecha com a língua, contrária a uma resistência imposta, tentando deslocar a língua, com a boca fechada.

Em condições normais, não será possível deslocar a língua do paciente, uma vez que a mesma possui força devido ao tecido muscular. Dessa maneira, para avaliação da força, pode-se optar por pressionar, com um abaixador de língua, o lado em protusão, fazendo também bilateralmente, para então comparar a força dos dois lados.

É possível explorar diversas opções de tratamento com base na causa do dano ao nervo. Sendo assim, se os sintomas forem causados por uma infecção ou um tumor, o tratamento pode envolver a erradicação da infecção ou a remoção do tumor. Entretanto, caso a causa seja uma síndrome subjacente, o médico pode recomendar tratamentos para aliviar os sintomas.

Como o dano ao décimo segundo nervo craniano é complexo, pode ser necessário envolver uma equipe multidisciplinar, incluindo dentista, neurologista, clínico geral, e possivelmente um infectologista ou oncologista, para chegar a um diagnóstico preciso. Sendo assim, pacientes com dificuldade para movimentar a língua, devem possuir suas preocupações junto a equipe médico e dentista, visando o melhor prognóstico da condição.

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