Os ossos da face são alguns dos componentes do corpo humano mais estudados pelos dentistas. Essas estruturas, são divididas entre pares e ímpares, e o único osso móvel que possuímos faz parte desse grupo, a mandíbula!

Por ser uma parte de muito interesse na odontologia, preparamos um texto completo, para você entender de uma vez por todas o que são os ossos da face! Confira.

Quais são os ossos da face?

Existem 14 diferentes ossos da face, divididos entre pares e ímpares. Dessa forma, os ossos pares englobam a maxila, a concha nasal inferior, o zigomático, palatino, nasal e lacrimal.

Todavia, os ossos ímpares são compostos pela mandíbula e o vômer.

Mandíbula

A mandíbula se caracteriza por ser um osso mediano e assimétrico, sendo o único osso móvel do rosto humano.

Ainda, a mandíbula possuí o formato semelhante à de uma ferradura, sendo composta pelo queixo e uma borda superior. Na fase adulta, a mandíbula apresenta dezesseis cavidades, responsáveis por acomodar os dentes.

Dentre as estruturas que acomodam a mandíbula, estão presentes o alvéolo dentário, ângulo da mandíbula, canal da mandíbula, canal de serres, côndilo, corpo da mandíbula, forame mentual, forame da mandíbula, fóvea pterigoidea, incisura da mandíbula, língula, linha oblíqua, tubérculo geniano, tuberosidade massetérica, dentre outros.

Características gerais da mandíbula

A mandíbula possui uma forma de ferradura na horizontal, possuindo uma abertura posterior, com extremidades livres e dois prolongamentos. Entretanto, na parte superior, essa estrutura ainda possui uma articulação sinovial, com ossos temporais através do processo condilar, possuindo formato alongado em direção ortogonal ao plano medial, conhecido como articulação da ATM.

Cada um dos lados da mandíbula possui, da extremidade anterior até a posterior, oito alvéolos, o qual são os responsáveis por abrigar a inserção dos dentes. Dessa maneira, os alvéolos são compostos por:

• Dois alvéolos para o engastem dos incisivos;
• Um alvéolo canino muito profundo;
• Dois alvéolos pré-molares;
• Dois ou três molares, que irá depender da quantidade, caso ocorra a formação ou não do terceiro molar.

Um ponto muito observado na anatomia do crânio, é a inserção de todos os músculos da mastigação, presentes na mandíbula. Dessa forma, os principais são o masseter, o músculo temporal, músculos pterigoides, medial e lateral.

Radiologia da mandíbula

A radiologia da mandíbula é composta por 9 estruturas, sendo elas:

1. Linha oblíqua: conhecida como uma linha radiopaca que continua a partir do bordo anterior ao ramo da mandíbula. Sendo assim, ela é normalmente vista via exames de radiografias periapicais dos molares inferiores que cruzem o terço cervical das raízes dentárias.
2. Linha Milo-Hioidea: considerada um reparo anatômico, funciona como um local de inserção para o músculo milo-hioideo e, sua parte posterior, para o músculo constritor superior da faringe. Sendo assim, ela é observada a partir do meio do ramo da mandíbula, cruzando a região de forma diagonal.
3. Fossa submandibular: está localizada na mandíbula, passando pela fossa lingual, principalmente na região dos molares inferiores. Todavia, é nessa região que se apresenta uma depressão em que a glândula submandibular fica alojada.
4. Canal da mandíbula: observada como uma região dos dentes molares inferiores, sendo basicamente uma linha espessa rádio lúcida, delimitada inferior e superiormente por uma linha radiopaca.
5. Base da mandíbula: se apresenta nas radiografias como uma linha intensamente radiopaca.
6. Forame mentual: está localizado entre as raízes ou ainda sobreposta aos ápices dos pré-molares inferiores.
7. Espinhas genianas: localizadas na região da face lingual e dispostas a cada duas, ficam a um ponto equidistante das bordas superiores e inferiores da mandíbula. Sendo assim, são reparos anatômicos que funcionam como uma inserção para os músculos gênio-hioideo e genioglosso.
8. Forâmina lingual: conhecido como forame cego, possibilita que o nervo lingual da artéria incisiva consiga realizar a passagem.
9. Protuberância mentual: reparo anatômico caracterizado por realizar a condensação óssea da área da mandíbula, podendo ser observado mediante radiografias periapicais dos dentes incisivos inferiores.

Ossos da face: vômer  

De estrutura simples, o vômer possui um papel fundamental no bom funcionamento do organismo, apresentando-se como uma lâmina delgada que se localiza dentro do nariz.

Dessa forma, em conjunto com a lâmina perpendicular do etmoide, possui como função dividir a cavidade nasal em duas fossas que permitam uma respiração adequada.

Ossos da face: Maxila superior

Sendo um dos esqueletos maiores que a mandíbula, a maxila superior faz parte da formação das cavidades orbitárias.

Outrossim, a maxila superior possui esqueleto em cuboides, sendo responsável por parte da formação de uma parcela do teto da cavidade oral e assoalho da cavidade nasal.

Ossos da face: Palatino

Localizado atrás dos maxilares, se apresenta em duas principais porções, sendo uma horizontal e outra vertical.

Sendo assim, a porção horizontal termina posteriormente a área abóbada palatina, enquanto a vertical é “soldada”, formando assim um ângulo de 90 graus com a primeira.

Zigomático, Nasais e Lacrimais

O osso zigomático é um osso da face par, situado na parte lateral do esqueleto facial, formando uma proeminência da face, parte lateral, assoalho da órbita e parte das fossas temporais e infratemporais.

Além disso, possui formato achatado, de forma quadrangular, se apresentando duas faces, quadro bordos e quanto ângulos. Ainda, se situa acima e na parte lateral da face, formando uma proeminência na bochecha, parte lateral, assoalho da órbita e parte das fossas temporal e infratemporal.

Já os ossos nasais são próprios do nariz, sendo responsáveis pela formação estrutural deles. Sendo assim, estão situados lado a lado na porção média e superior da face, formando uma espécie de fonte no nariz.

Por fim, os lacrimais são lâminas bastante delicadas, localizadas no canto interno e inferior da órbita, possuindo forma quadrangular e alargada.

Concha nasal inferior

Se trata de um osso par que se estende por toda parede lateral da cavidade nasal. Todavia, possui um formato mais caudal entre as três conchas nasais.

Além disso, a concha nasal inferior se situa na placa óssea vertical, conhecida como septo nasal. Dessa forma, nesse local, ela separa a cavidade nasal em duas cavidades anatômicas simétricas.

Principais problemas dos ossos da face

Os principais problemas dos ossos da face estão relacionados a complicações da mandíbula, podendo ser fisiológicas ou decorrente de traumas.

Outro exemplo de problemas de ossos da fase é a displasia da asa menor do esfenoide, sendo um dos problemas mais complicados, iniciado ainda na vida intrauterina do bebê.

Vários são os problemas que podem decorrer dos ossos da face, sendo a correção desses problemas uma área de atuação do dentista. Portanto, caso essas estruturas sejam de seu interesse, seguir uma especialização na área pode ser interessante para sua carreira.