Uma parte fundamental para um belo sorriso é o osso onde os dentes se fixam, sem o devido cuidado, pode ocorrer a perda óssea, quando o tecido da estrutura é afetado. A perda óssea dentária é algo mais comum do que se imagina e leva muitos pacientes ao consultório odontológico. Sendo assim, iremos apresentar tudo que você precisa saber sobre o que é perda óssea dental, suas causas e prevenção. Confira!
O que é a perda óssea dentária?
O dente é dividido entre coroa e raiz, se estruturando na base do osso que o constitui. Quando se fala em perda óssea, ocorre a fragilidade de tal tecido.
Sendo assim, o problema atinge o osso que serve como base para o dente natural. Portanto, a perda óssea é o desgaste dessa estrutura, também chamado de osso base ou osso alveolar.
Esse problema compromete os ossos ao redor dos dentes, levando a perda do dente natural, precisando de implante e uso de prótese dentária para repô-los.
O que causa perda óssea?
Vários são as causas que podem levar a perda óssea dentária, variando conforme o paciente. Sendo um problema comum em pacientes idosos, o mesmo também pode afetar pacientes mais jovens.
A maioria dos casos de perda óssea se devem a inflamações na gengiva, resultantes em doenças como gengivite e periodontite. Entretanto, o avanço da idade é uma causa comum de perca óssea, sendo uma forma fisiológica do problema.
Além dos problemas já citados, o mau posicionamento dos dentes na arcada dentária também pode levar a perda óssea.
Sintomas
Vários são os sintomas relacionados a perda de massa óssea, entre eles estão o mau hálito, retração da gengiva, sensibilidade ou dor na gengiva, em casos extremos pode ocorrer a presença de pus, gengiva inchada ou com vermelhidão, dentes amolecidos, sangramentos na gengiva após comer um alimento duro, passar fio dental ou escovar os dentes.
Além desses sintomas, com a perda óssea dentária, a gengiva fica um pouco descolada e acaba regredindo, formando bolsas periodontais por baixo.
Consequências causadas pela doença:
A gengivite costuma ser o sintoma inicial da perda óssea. Entretanto, nesse momento o problema ainda é reversível. Porém, se os cuidados necessários não forem tomados, alguns problemas podem surgir, como:
- Espaço entre os dentes,
- Raízes aparentes dos dentes;
- Maior suscetibilidade de desenvolver cáries,
- Maior exposição a infecções;
- Dores na escovação e dificuldade em realizar a limpeza adequada dos dentes, o que pode piorar o quadro de perca de massa óssea dentária.
Perda óssea dentária pelo desgaste natural
Seja pela mastigação ou pelo bruxismo, várias células dos ossos são perdidas diariamente. Entretanto, a medula óssea atua produzindo novas células e repondo perdas.
Porém, no decorrer dos anos, a medula pode acabar parando com a produção de novas células. Isso pode acontecer devido a bactérias presentes da boca atacarem essas células, quando isso ocorre, o RNA de interferência é eliminado, entra na célula da medula óssea e deixa a mesma inerente. Dessa forma, a presença promove uma mutação no gene que produz a proteína da célula, passando a produzir outro tipo de proteína e, por consequência, se torna inativa para o processo de reposição óssea.
É possível reverter a perda óssea?
A reversão só é possível na fase inicial do problema. Dessa maneira, deve-se orientar o paciente a cuidar melhor da saúde bucal. Orientar uma boa higiene é fundamental, pois previne possíveis inflamações que podem agredir o tecido ósseo.
Outra medida necessária, é orientar o paciente a realizar uma rotina de acompanhamento frequente no consultório odontológico, para facilitar o diagnóstico de doenças e a prevenção.
Como efetuar o diagnóstico da perda óssea dentária
Pacientes que reclamarem de fatores sensoriais como dor de dente, sensibilidade, mau hálito, entre outros, além de fatores estéticos como vermelhidão, retração da gengiva, inchaço, sangramento gengival, devem ser investigados.
Após analise clínica, deve-se solicitar um raio-X, sendo possível com o exame e anamnese adequada, constatar se ocorre perda de massa óssea dentária.
Tratamento
Os pacientes geralmente têm dúvidas referente a possibilidade de recuperação do osso. Entretanto, existem algumas alternativas de tratamento. O tratamento para perda óssea dentária pode variar conforme o grau identificado em cada pessoa, além do quadro de saúde geral do paciente.
Em casos mais simples, com sinais de menor avanço de gengivite e pouca perda de ossos nos dentes, uma boa limpeza bucal e uma rotina completa de higiene básica poderão ser suficientes para recuperar a saúde dos dentes.
Dependendo do grau de perca do paciente, pode-se utilizar aplicação de um laser de 1800 miliwatts, para ativação das células da medula inativas. Essa ação faz com que a célula volte a ter o metabolismo ideal, se reproduza e reponha novas células.
Após 90 dias, tempo necessário para a regeneração do osso, aplica-se o enxerto feito a partir das células retiradas do sangue do paciente. Neste caso, é feita a partir de células somáticas a reprogramação gênica, transformando-as em células-tronco de pluripotência induzida.
Com o enxerto celular debaixo da gengiva, inicia-se a liberação de fatores de crescimento mais rápidos. Dessa forma, as células vão se multiplicar até ocorrer a formação de uma matriz orgânica óssea. A mineração desta pode demorar até seis meses, o que poderá resultar na conclusão do tratamento.
Caso o paciente ainda necessite, pode continuar o tratamento com a ajuda de uma placa amortecedora, utilizada nos dentes superiores antes de dormir.
A placa, além de auxiliar na manutenção e melhora da saúde bucal, também ajuda a entender onde está a maior perda óssea e se a mordida do paciente está torta. Dessa maneira, poderá ajudar o tratamento, visando o melhor resultado possível.
Para garantir que não ocorra uma perda óssea significativa em todo processo, se faz necessário após o tratamento, realizar manutenções de tempos em tempos.
Conclusão
Como foi possível perceber, a perca óssea dentária é um problema comum entre os pacientes. Sendo assim, é papel do dentista se manter atualizado sobre os possíveis tratamentos existentes. Entretanto, uma das formas mais eficazes de prevenir o problema, é tratando-o no início, convencendo os pacientes a realizar consultas periódicas em seu consultório e manter uma boa rotina de higiene bucal.