As pérolas de Epstein podem levar mães aos consultórios preocupadas com os cistos amarelados ou brancos que se formaram nas gengivas e palatos do seu filho recém-nascido. Dessa forma, se faz necessário conhecer bem sobre essa condição, para poder orientar de maneira devida esses pacientes.

Pensando nisso, preparamos um artigo completo com tudo sobre essa condição. Confira!

Pérolas de Epstein o que são?

Os “pontinhos brancos” que aparecem na boquinha dos bebês são as chamadas pérolas de Epstein. Se tratam de pequenos cistos benignos que contem queratina, surgindo geralmente no palato ou gengiva de recém-nascidos. Dessa maneira, são identificadas por se apresentarem como bolinhas de cor branco-amarelada, não gerando dor ao bebê.

O surgimento dessa condição surge perto do final do quarto mês de gestação, fase que ocorre a fusão dos ossos que completam a formação do palato do bebê, resultando no surgimento de cistos que se parecem com dentes que estão para nascer.

Se trata de uma condição benigna e que geralmente desaparece de maneira espontânea antes do terceiro mês de vida, não exigindo nenhum tipo de tratamento.

Possíveis causas:

As pérolas de Epstein surgem devido ao aprisionamento do epitélio palatino, o qual é a mucosa que reveste o palato, aproximadamente no final do quarto mês de gestação, quando os ossos que formam o palato se fundem. Entretanto, as pérolas de Epstein se mostram mais comuns em bebês a termo, ao se comparar com prematuros e os que nascem muito pesados.

Ainda, observou-se o aparecimento dessa condição em maior frequência em bebês de mulheres que tiveram gestações múltiplas.

Sintomas

Os cistos podem ser notados quando o bebê abre a boca para bocejar ou chorar. Entretanto, não apresenta nenhum desconforto para o bebê e não interfere em sua alimentação

É uma condição benigna, sendo os seus sintomas visuais. Dentre eles:

• Pequenos cistos, com aspecto semelhante a dentes que estão nascendo;
• Bolinhas com coloração branco-amarelada nas gengivas ou palato médio, principalmente na região posterior;
• Apresentam tamanho que varia entre 1 a 4 mm de diâmetro;
• Bolinhas ou cistos lisos e firmes e que não causam dor.       

Um ponto importante a se observar é que as pérolas de Epstein aparecem normalmente juntas, em grupos de 2 a 6 cistos, entretanto podem se apresentar de forma isolada.

Pérolas de Epstein tratamento

Não existe nenhum tipo de tratamento para esse problema, sendo estes benignos e desaparecendo sem nenhuma intervenção. Entretanto, caso o tempo de desaparecimento destes se prolongue, pode ser sinal de alguma inflamação ou de um problema mais sério, não se tratamento apenas de pérolas de Epstein. Nesses casos, deve-se encaminhar o paciente para um pediatra para devida intervenção.

Pérolas de Epstein doem?

Como já mencionado, essa condição não oferece dor e nem desconforto ao recém-nascido. Sendo assim, caso a mãe relate que o bebê sente algum incômodo, ou se verifique isso diante a consulta, deve-se se suspeitar de outras condições.

Diferença entre nódulos de Bohn e pérolas de Epstein

O diagnóstico diferencial entre os nódulos de Bohn e pérolas de Epstein se dá pela localização entre eles. No caso dos nódulos de Bohn estes se localizam normalmente nas faces laterais do rebordo alveolar e às vezes também palato duro. Já as pérolas de Epstein aparecem apenas na linha mediana que divide o céu da boca ao meio.

Os nódulos de Bohn são cistos de inclusão, assim como as pérolas de Epstein, sendo também uma condição benigna e que geralmente desaparece sozinha com o tempo.

Outras causas de bolinhas na boca do bebê

Além das pérolas de Epstein e nódulos de Bohn, outras bolinhas ou cistos podem se apresentar no bebê, sendo ou não inofensivas. Confira:

Surgimento de dentes

Quando as pérolas de Epstein surgem, são confundidas com o nascimento dos dentes, entretanto são um pouco diferentes. No geral, é muito raro o nascimento de dentes em recém-nascidos, ou que já nasçam com eles. Em caso de surgimento de dentes, deve-se verificar a melhor conduta a se tomar, podendo se optar pela extração do dente caso o mesmo prejudique a amamentação e o desenvolvimento do bebê.

Candidíase Oral

Uma das causas que podem levar ao aparecimento de bolinhas na boca do bebê é a candidíase oral, patologia que se apresenta por marcas brancas e inchaços na boca, sendo estes muitas vezes presentes na língua ou interior da bochecha. Sendo assim, após caso a suspeita seja de candidíase oral, deve-se encaminhar o paciente ao pediatra, antes que o fungo se espalhe pelo seio da mãe, por meio da amamentação.

Dessa maneira, o pediatra irá prescrever medicamentos antifúngicos, evitando desconforto para a mãe e para o bebê. Além da presença das manchas brancas e do inchaço, nessa condição o bebê também pode apresentar outros sintomas como dificuldade para se alimentar e desconforto. Nesses casos, deve-se procurar ajuda especializada com urgência tendo como objetivo solucionar o problema e evitar danos mais sérios.

Outros problemas

Bebês que apresentam muito desconforto e se queixam com frequência podem possuir problemas mais sérios. Dessa forma, caso o bebê esteja desconfortável e principalmente não estiver se alimentando devidamente, é possível descartar como causa as pérolas de Epstein e/ou nódulos de Bohn. Sendo assim, deve-se efetuar o encaminhamento do paciente para o pediatra urgente para as atitudes cabíveis serem adotadas.

Sendo assim, é muito importante que o odontopediatra e os profissionais que atendem recém-nascidos saibam reconhecer identificar cistos, para ser capaz de interferir de maneira correta e, sobretudo, tranquilizar os pais que normalmente se preocupam ao encontrar essas condições.