A resina composta é um material dentário muito eficiente e versátil, podendo ser moldada e adaptada para reconstruir dentes danificados, melhorar a estética, e restaurar a função mastigatória. Nesse texto trataremos tudo sobre esse material que vem sendo amplamente utilizado na odontologia estética e restauradora.
O que é resina composta?
A resina composta é um tipo de material biomédico utilizado na odontologia para realizar restaurações diretas e indiretas em dentes anteriores e posteriores.
Este material é versátil e pode ser usado em diversas aplicações na odontologia. Pode-se citar como exemplo: restaurações diretas e indiretas, forramento de cavidades, selantes de fissuras, coroas, restaurações provisórias, cimento para próteses e aparelhos ortodônticos, cimentos endodônticos, entre outras.
Composição da resina composta
As resinas compostas são constituídas por uma matriz orgânica e partículas de carga inorgânica, bem como um sistema de fotopolimerização composto por um iniciador e um agente ativador.
A matriz orgânica é geralmente um bis-GMA (bisfenol A-glicidil metacrilato), uma uretana dimetacrilato (UDMA), ou uma combinação desses materiais, juntamente com outros monômeros, tais como TEGDMA (trietilenoglicol dimetacrilato) ou HEMA (2-hidroxietilmetacrilato).
Quais os tipos de resina composta
Os compósitos possuem classificações importantes que definem suas características e aplicações. Essas classificações separam as resinas pelo tamanho das partículas, pela viscosidade, e pela polimerização.
Classificação por tamanho de partículas:
- Macropartículas: com partículas maiores, variando de 0,1 a 100 mícrons.
- Micropartículas: com partículas menores, em torno de 0,04 mícrons.
- Híbridos: projetados com partículas maiores e menores, oferecem uma combinação de estética e função.
- Nanopartículas: desenvolvidos com o uso da nanotecnologia, essas resinas compostas apresentam partículas ainda menores, resultando em melhorias nas propriedades físicas e estéticas.
- Nanohíbridos: possuem desempenho clínico semelhante ao das resinas compostas com nanopartículas, mas mantêm um brilho e uma estrutura ainda mais refinada.
Classificação pela viscosidade
Existem basicamente três tipos de viscosidade de resina composta:
- Baixa viscosidade: Também conhecida como resina fluida, é mais fina e fluida, facilitando sua aplicação em áreas de difícil acesso ou em preparos mais complexos. É indicada para selamento de fissuras, restaurações de cavidades rasas ou superficiais
- Média viscosidade: É a mais comum, sendo utilizada para restaurações de cavidades maiores, incluindo dentes posteriores. Por ter uma consistência mais espessa que a fluida, esta permite uma aplicação mais precisa e maior durabilidade
- Alta viscosidade: Também conhecida como compactáveis ou condensáveis, é a mais densa e espessa das resinas compostas, sendo indicada para a reconstrução de estruturas dentárias perdidas ou para o aumento de dentes anteriores.
Classificação pela polimerização
- Auto-polimerizáveis: essas possuem um iniciador químico e um acelerador que reagem quando misturados.
- Fotopolimerizáveis: Essas resinas compostas são ativadas pela luz azul de alta intensidade, geralmente fornecida pelo fotopolimerizador. Esse tipo de resina consegue endurecer rapidamente sob luz intensa.
- Polimerização dual: Utilizam tanto a luz como um iniciador químico para o endurecimento.
Vantagens e desvantagem da resina composta
Como todos os procedimentos e materiais, a resina composta possui vantagens e desvantagens, pode-se citar como alguns destes:
Vantagens:
- Estética: por terem uma aparência natural e serem facilmente combinadas com a cor dos dentes, a resina composta se tornou uma das favoritas na escolha para restaurações dentárias em dentes visíveis.
- Versatilidade: podem ser usadas em uma variedade de aplicações em odontologia, incluindo restaurações diretas e indiretas, forramento de cavidades, selantes de fissuras, coroas, restaurações provisórias, cimento para próteses e aparelhos ortodônticos, cimentos endodônticos, entre outras.
- Conservação de dente: as resinas compostas exigem menos remoção de dentina e esmalte, preservando, assim, o remanescente dentário.
Desvantagens:
- Durabilidade limitada: se comparada com a porcelana, por exemplo, a resina composta tem sua durabilidade menor por sofrer degradação com o tempo.
- Degradação da cor: pacientes com resinas compostas nos dentes devem se atentar a alimentos ou bebidas pigmentadas, como o vinho tinto ou café, uma vez que o material pode mudar de cor com o tempo.
- Dificuldade em manipular: as resinas compostas exigem um tempo preciso de aplicação e polimerização. Além disso, a técnica de aplicação pode ser difícil de dominar, logo requer um alto nível de habilidade e experiência por parte do dentista.
Quanto tempo dura uma resina composta?
A durabilidade de uma resina composta varia dependendo de vários fatores, como: a qualidade do material utilizado, a técnica de aplicação, a localização da restauração na boca e a manutenção adequada da higiene bucal.
Em geral, as resinas compostas duram em média de 5 a 7 anos, mas podem durar mais ou menos tempo, dependendo das condições acima mencionadas. Além disso, é válido lembrar que as restaurações de resina composta, geralmente, precisam ser substituídas eventualmente. Esse fato é por conta do desgaste natural, à mudança de cor ou à cárie dentária recorrente.
Os profissionais podem ajudar para aumentar a durabilidade do material, como, por exemplo: fazendo o preparo adequado do dente, escolhendo o material mais indicado e de melhor qualidade, seguindo as instruções do fabricante para melhor aderência e polimerização e instruir e acompanhar os pacientes no pós-operatório.
Quanto custa uma resina composta?
O custo varia dependendo de diversos fatores, como o tipo e a marca do material utilizado e o tamanho da restauração necessária. Em geral, os preços são em média R$700,00 por dente.
É importante lembrar que o custo total de um tratamento com resina composta também pode incluir outros fatores, como exames complementares e outros materiais ou equipamentos necessários para o procedimento.
Cores da resina para dentes
A escolha da cor é um processo importante para garantir que a restauração fique o mais natural possível e com o mesmo tom dos dentes naturais do paciente.
Primeiramente, o dentista deve avaliar a cor atual dos dentes do paciente. Em seguida, deve comparar com as cores dos dentes do paciente e escolher a cor mais próxima. O dentista pode usar a escala Vita ou a escala de cores da American Dental Association para auxiliar a determinar a cor base dos dentes.
A translucidez da resina e a espessura da camada aplicada também afetam na aparência final da restauração. Sendo assim, o profissional responsável e o paciente devem analisar esses fatores na hora da escolha.
O dentista pode ainda utilizar luzes especiais de cor para ajudar na identificação da cor correta.
Por fim, é muito importante que o dentista garanta que o paciente esteja satisfeito com a cor escolhida antes de iniciar o procedimento de restauração.